A década de 80 foi efervescente para as novelas. As tramas marcaram uma geração com enredos inesquecíveis, temas polêmicos e, sem dúvida, deixaram muita saudade. Graças à tecnologia — e ao serviço de streaming —, temos diversas obras completas disponíveis para alimentar as almas nostálgicas.
AnaMaria selecionou 8 novelas dos anos 80 que marcaram a história da televisão para assistir no GloboPlay. Confira!
‘Baila Comigo’ — 1981
A trama de Manoel Carlos teve como inspiração principal uma notícia de jornal, onde um filho legítimo do presidente João Goulart estaria reivindicando uma parte da herança da família. A telenovela trouxe à vida a primeira Helena de Maneco, interpretada pela atriz Lilian Lemmertz.
Em ‘Baila Comigo’, Quinzinho e João Victor (Tony Ramos) são gêmeos idênticos, mas foram separados ainda no berço e criados por famílias diferentes. Os irmãos não sabem da existência um do outro e a possibilidade do encontro entre eles impulsiona toda a história.
Enquanto João Victor foi criado pelo pai, Joaquim Gama (Raul Cortez), Quinzinho ficou com a mãe, Helena. O casal se conheceu em Porto Alegre — os gêmeos foram fruto do breve romance entre eles.
‘Guerra dos Sexos’ — 1983
Uma pérola da teledramaturgia: ‘Guerra dos Sexos’ é lembrada ainda hoje pelos personagens icônicos. Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran) são primos, que foram criados juntos. A dupla chegou a ter um romance durante a juventude. A paixão, no entanto, acabou se transformando em ódio mortal. Eles se detestam e fazem de tudo para manter distância um do outro.
A confusão começa quando um tio milionário morre, deixando uma herança incalculável para os sobrinhos. Sabendo dos atritos entre eles, o parente impõe uma condição: para tomarem posse dos bens, Charlô e Otávio terão que morar sob o mesmo teto e gerenciar o negócio da família juntos.
A trama de Sílvio de Abreu ganhou um remake em 2012, com Irene Ravache interpretando Charlô e Tony Ramos, Otávio. ‘Guerra dos Sexos’ deixou na memória da audiência uma das cenas mais marcantes das telinhas. Confira a seguir!
‘Livre Para Voar’ — 1984
Na pacata cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, o aventureiro e romântico Pardal (Tony Ramos) chega e estabelece uma amizade com Pedrão (Elias Gleizer), um ex-maquinista, enquanto transforma um vagão abandonado em sua moradia.
Sua vida se entrelaça com a de Gibi (Fernando Almeida), um garoto fugido de um orfanato, e com a doce Cristina (Carla Camurati), que, na verdade, é Bebel, herdeira de uma fábrica de cristais. Enquanto Pardal se apaixona por Cristina sem saber sua verdadeira identidade, Bebel se infiltra na fábrica para investigar a morte de seu pai.
Escrita por Walther Negrão, o autor criou o personagem interpretado por Elias Gleizer em homenagem ao seu pai, também maquinista.
Relembre a abertura de ‘Livre Para Voar’!
‘Roque Santeiro’ — 1985
“Tô certo ou tô errado?”: Lima Duarte, que deu vida ao lendário Sinhozinho Malta, foi responsável por popularizar um dos bordões mais reproduzidos da teledramaturgia. Na trama escrita por Dias Gomes e exibida pela TV Globo de junho de 1985 a fevereiro de 1986, Roque Santeiro (José Wilker) se torna lenda na região após supostamente morrer para salvar Asa Branca dos capangas do perigoso Navalhada (Oswaldo Loureiro).
A versão de 1985 não foi a primeira: em 1975, ‘Roque Santeiro’ chegou a ter 30 capítulos gravados, porém, a trama foi proibida de ser exibida na data de estreia pela Censura Federal. Na versão que não foi ao ar, a novela era protagonizada por Betty Faria (Porcina), Lima Duarte (Sinhozinho Malta) e Francisco Cuoco (Roque Santeiro).
Relembre a abertura de ‘Roque Santeiro’!
‘Sassaricando’ — 1987
Após perder a tirana esposa Teodora Abdala (Jandira Martini) em um acidente, Aparício Varela (Paulo Autran) herda o império Abdala e decide viver a vida que sempre sonhou, “sassaricando” por aí. Ele se envolve com três mulheres: a estilista Rebeca (Tônia Carrero), um antigo amor da juventude, a dona de casa Penélope (Eva Wilma) e a atriz Leonora (Irene Ravache).
A trama escrita por Silvio de Abreu é ambientada em São Paulo, e foi ao ar na faixa das sete na Rede Globo.
‘Vale Tudo’ — 1988
Considerada uma das mais importantes novelas da década de 80, ‘Vale Tudo’ tem como pano de fundo a corrupção e falta de ética no país. A trama narra a história da íntegra Raquel Accioli (Regina Duarte) e de sua filha, a ambiciosa Maria de Fátima (Glória Pires), que faz de tudo para conquistar o sucesso e vende a única propriedade da família, fugindo com o dinheiro para o Rio de Janeiro.
Raquel vai atrás da filha e passa a vender sanduíches na praia. Enquanto a mãe batalha para sobreviver, Maria de Fátima se alia a César (Carlos Alberto Riccelli), um mau-caráter que a estimula a seduzir o milionário Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes), filho da poderosa — e inesquecível — Odete Roitman (Beatriz Segall).
O folhetim parou o Brasil em horário nobre com o mistério: “Quem matou Odete Roitman?”. ‘Vale Tudo’ ganhará uma nova versão, que está prevista para estrear em 2025, ano do aniversário de 60 anos da emissora.
Relembre a abertura de ‘Vale Tudo’!
‘O Salvador da Pátria’ — 1989
Escrita por Lauro César Muniz e transmitida pela TV Globo, ‘O Salvador da Pátria’ conta a história do ingênuo e simplório boia-fria Salvador da Silva, o Sassá Mutema, interpretado por Lima Duarte.
Na trama, o corrupto deputado federal Severo Toledo Blanco (Francisco Cuoco), o homem mais poderoso da região de Ouro Verde, escolhe Sassá para casar com sua amante Marlene (Tássia Camargo) e desviar as acusações do adultério que ameaça a sua imagem política. Sassá se torna candidato à prefeitura de Tangará e líder da população carente da região.
‘Tieta’ — 1989
Adaptação do romance ‘Tieta do Agreste’, de Jorge Amado, a novela é ambientada na fictícia cidade de Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro. A trama de Aguinaldo Silva começa quando Tieta (Claudia Ohana) é expulsa da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), que não aceita o comportamento liberal da moça.
Humilhada, ela segue para São Paulo. Vinte e cinco anos depois, Tieta (Betty Faria) reaparece: rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram. A personagem de Betty Faria ainda se envolve em um polêmico romance com o sobrinho, o jovem seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes), filho de sua irmã, a beata Perpétua (Joana Fomm).
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