Na trama de “Terra e Paixão“, exibida pela Rede Globo, Kizi Vaz se destaca como Nina, a secretária da cooperativa, uma personagem que rompe fronteiras ao representar a bissexualidade, mantendo um relacionamento com Jonatas (Paulo Lessa) e tendo vivido um passado amoroso com Mara (Renata Gaspar).
Em uma franca entrevista concedida ao jornal Extra, Kizi, que se identifica como hétero fora dos sets, expressou sua visão sobre a possibilidade de se envolver romanticamente com outra mulher na vida real. “Sou hétero, não tenho experiência com mulher, mas acredito que haja essa troca maior entre as mulheres. Se bem que hoje em dia a gente não pode se definir muito, não. Cada vez mais, o mundo faz com que a gente comece a abrir a mente“, compartilhou a atriz.
Questionada sobre um possível relacionamento com outra mulher, Kizi respondeu com abertura: “Acho que eu viveria um amor com outra mulher, sim. Se eu me apaixonar, por que não? Tô sempre aberta para o amor, isso que a gente tem que exaltar.”
Ela não hesitou em enfatizar a importância de trazer à tona discussões sobre a bissexualidade. “É sempre bom falar desses temas. Porque é uma boa reflexão e acaba fazendo pessoas que são preconceituosas pensarem um pouco. A arte tem impacto na vida do público. Fico feliz de representar a bissexualidade, tema pouco falado na TV. Os bissexuais têm corpos livres, amam pessoas. Amor e liberdade andam lado a lado”, destacou Kizi Vaz.
SOBRE COMO É VIVER A PERSONAGEM
Em uma entrevista exclusiva ao Diário da Manhã, a atriz também abordou os desafios de viver a personagem Nina. Ela enalteceu a determinação e a solaridade de Nina, além de mencionar o desafio do sotaque como uma experiência enriquecedora. “Ela é uma mulher direta. E ela é uma pessoa completamente solar, bem resolvida com a vida, com o que ela decide, com o que ela quer. Então essa mulher muito decidida é o que mais me atrai na Nina. E a lealdade dela também”, compartilhou sobre sua personagem.
Sobre os desafios enfrentados para o papel, Kizi enfatizou a adaptação ao sotaque: “O sotaque pra mim foi o mais desafiador. Eu nunca tinha feito nenhum personagem com outro sotaque né? Sempre fiz um carioquês. E pra mim isso foi incrível. Aprender toda prosódia e estar trabalhando com a fono todos os dias e fazendo exercícios. Isso só me acrescentou como atriz.”