Maria Paula revelou o motivo de nunca ter posado nua na Playboy, apesar de na época estar no auge de seu sucesso e receber um bom cachê. A atriz, reconhecida pelo seu trabalho em ‘Casseta e Planeta’, discorda da exploração e sexualização da imagem feminina.
“Era uma época que as mulheres incríveis do Brasil tinham uma cultura muito perversa e machista, péssima, que era: tinha que fazer ‘Playboy’. Tinha essa palhaçada, que era como se fosse o topo da carreira delas. Claro que era uma exploração péssima, mas que na época era aceitável, como muitas outras coisas eram aceitáveis na época”, disse no podcast Inteligência Ltda.
“Recebi várias propostas de grana pesada, que eu tremia. Mas eu pensava bem e falava: não preciso disso, sou formada em Psicologia. Era proposta de grana para comprar um apartamento. Eu disse: vou juntar e comprar um apartamento. Juntei e comprei. E comprei uma fazenda na Chapada. Fiz tudo o que eu queria, sem precisar entrar nisso”, continuou.
Não era uma questão de pudor, segundo ela. “Apesar de não fazer ‘Playboy’, de não gostar da exploração, sempre fui uma libertária. O nome do meu livro é ‘Liberdade crônica’. O que mais gostava era ir para a cachoeira e ficar pelada, ir para a praia de nudismo, nunca tive problema nenhum com nudismo. O meu negócio era com a indústria, com a exploração da imagem feminina de uma forma péssima”.
PERDA DE BUSSUNDA
Ela relembrou a morte de Bussunda, seu colega de elenco. “Indo para a Copa da Alemanha, comecei a sentir uma coisa dentro do meu coração. Era uma coisa tão pesada, tão ruim. Não sabia o que era. Um dia antes, falei para o João: ‘Não vou para Alemanha’. Ele falou ‘você está doida? Já comprei passagem. Vamos’. Eu falei que não ia e disse a seguinte frase: ‘Estou sentindo que vão precisar de mim aqui’”. Maria ficou no Brasil e foi a responsável por anunciar a morte do humorista aos familiares.
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