Os realistas podem ser discriminados, mas são sempre os que socorrem aos demais
Redação Publicado em 25/01/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44
As pessoas realistas (com os pés no chão e que enfrentam a vida, a dura luta do cotidiano, que não escamoteiam com os problemas e que também, quando necessário, abrem o jogo socialmente) hoje são chamadas de pessoas pesadas e pessimistas. Mas é bom não esquecer que o pessimista é um otimista bem informado. Pois bem, as pessoas sofridas são hoje marginalizadas. Já os espertos estão em um mundo de alto astral, das futilidades, das banalidades. São aqueles que pulam etapas, ou seja, se aparece um problema, fingem que ele não existe. São incapazes de um papo mais sério. Conheço uma moça que, se está assistindo à TV e aparece uma cena mais realista, ela sai imediatamente da sala. Assim como essa moça o mundo caminha. Mas, quando a vida dá um tranco, essas pessoas não sabem como lidar com o problema. E sempre, no mais das vezes, recorrem ao sofrido que, por não pular etapas, sabe lidar com as voltas que a vida dá. O esperto – alto astral, legal, que não esquenta – não consegue viver sem o sofrido. A convivência não é das mais fáceis: um é “deixa pra lá”, o outro é severo e pés no chão. Difícil. Conheço casais nos quais um é leve e o outro é pesado. Com o tempo, o divórcio foi inevitável. Veja você, cara leitora, a quantidade de inadimplentes na praça. Não estão nem aí. Sabem que sempre um sofrido (a figura de uma mãe, pai, irmão ou marido) estará de mãos estendidas para ajudar... Até o dia que a casa cai.
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