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Chuva preta? Entenda o que aconteceu no RS; causa é mesma do "sol laranja"

Chuva preta e poluição: o que você precisa saber sobre o fenômeno no Rio Grande do Sul

Gabriela Occhipinti
por Gabriela Occhipinti

Publicado em 11/09/2024, às 12h30

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Chuva preta exige cuidados com a saúde; entenda o fenômeno que a causa é a mesma do "sol laranja" - Reprodução/Redes sociais
Chuva preta exige cuidados com a saúde; entenda o fenômeno que a causa é a mesma do "sol laranja" - Reprodução/Redes sociais

Recentemente, moradores de cidades do Rio Grande do Sul, como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte, foram surpreendidos por um fenômeno conhecido como "chuva preta". Esse evento ocorreu na segunda-feira (9) e chamou a atenção pela cor inusitada da chuva, que foi documentada em imagens por residentes da região. Entenda o que é a "chuva preta" e a relação com o "sol laranja"!

De acordo com o Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a cor preta da chuva é resultado da mistura da fuligem das queimadas com as gotas de água da chuva. A meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, confirmou ao g1 que esse fenômeno também foi observado em áreas do norte do Uruguai, na fronteira com o Rio Grande do Sul.

"Chuva preta" em outras regiões: o que esperar?

A previsão para os próximos dias sugere que o fenômeno da "chuva preta" pode se repetir em outras áreas do estado.

Isso porque, com a chegada de uma frente fria no Sul e a persistência da fumaça das queimadas, a "chuva preta" pode ocorrer em diversos pontos dos três estados do Sul do Brasil, incluindo Porto Alegre, que está coberta por uma densa camada de fumaça.

Chuva preta chamou a atenção de moradores de cidades do Rio Grande do Sul; saiba o que é e os cuidados necessários
Chuva preta chamou a atenção de moradores de cidades do Rio Grande do Sul; saiba o que é e os cuidados necessários - Reprodução/Redes sociais

Relação entre a "chuva preta" e o "sol laranja"

Nos últimos dias, Porto Alegre tem visto um sol com tons alaranjados contrastando com um céu cinza. Mas essa região não é a única e o fenômeno tem sido observado em outras partes do país.

Isso se dá por uma combinação de fatores, que, associados as constantes queimadas, faz o sol ficar mais alaranjado. Além disso, a falta de chuvas potencializa o fenômeno. Por isso também, quando chove, está sendo observado a "chuva preta".

No último dia 4, por exemplo, Belo Horizonte entrou em alerta laranja devido à baixa umidade do ar, conforme a Defesa Civil do município. Acontece que uma densa nuvem de fumaça cobriu grande parte da cidade e da região metropolitana, criando um cenário preocupante. Infelizmente essa situação não é exclusiva da capital mineira.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja de perigo para baixa umidade em 15 estados e no Distrito Federal. Entre eles estão Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rondônia.

O índice crítico de umidade está associado ao longo período de estiagem que as cidades enfrentam. Em Belo Horizonte são já mais de 140 dias sem chuva. Além da onda de calor que começou em setembro, outras regiões de Minas Gerais enfrentam vários focos de incêndio.

Assim, o céu alaranjado que muitos têm visto nas últimas semanas é resultado direto da poluição e das queimadas persistentes, impactando na saúde e agricultura. O sol parece mais laranja devido ao aumento das partículas de fuligem e poluentes na atmosfera, que intensificam a dispersão das cores quentes.

Cuidados com a saúde

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre recomenda cuidados especiais para a população. Essas recomendações são especialmente para as regiões com queimadas e fenêmenos como "chuva preta" e "sol laranja", mas, como diversas regiões enfrentam a baixa umidade é válido seguir os cuidados. Veja a seguir quais são eles!

Para todos:

  • Busque atendimento médico se tiver sintomas respiratórios;
  • Beba muita água e líquidos para manter o aparelho respiratório protegido;
  • Minimize o tempo em ambientes externos;
  • Mantenha portas e janelas fechadas para reduzir a entrada de poluição;
  • Evite atividades ao ar livre durante o período crítico de contaminação.

Para pessoas com problemas de saúde:

  • Tenha sempre os medicamentos prescritos à mão e busque atendimento médico se notar piora;
  • Consulte seu médico sobre a necessidade de ajustes no tratamento.

Vale destacar que os riscos à saúde decorrentes das condições meteorológicas e climáticas incluem, especialmente, problemas respiratórios como bronquite e asma, aumento da pressão arterial e doenças cardiovasculares, além de irritação nos olhos, nariz e garganta.

Por isso, como recomendações adicionais estão o uso de purificadores de ar, toalhas úmidas e baciais com água também ajudam, as lavagens nasais com soro, a grande ingestão de água e o uso de máscaras faciais em regiões com registros de queimadas e grande poluição atmosférica.

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