Especialista dá dicas para analisar a melhor opção para cada tipo de comprador; além disso, confira dicas para evitar ciladas com reformas
Publicado em 30/04/2024, às 13h00
Sem dúvidas, comprar a casa própria é uma grande conquista. Nesta hora surgem inúmeras dúvidas para ter a melhor opção com o melhor custo-benefício. Afinal, você já parou para pensar se vale a pena comprar um imóvel na planta ou reformar um antigo?
A decisão não é das mais simples e deve levar em consideração alguns fatores. O primeiro é saber o motivo da compra: moradia ou investimento? Qual o perfil dos moradores? O que é mais importante para quem vai morar?
De acordo com Viviane Chu Porcel, advogada especialista em Direito Imobiliário, um imóvel na planta tem alguns benefícios, começando pelo preço mais atrativo, em que o consumidor acaba assumindo alguns riscos de atraso ou não finalização da obra pela construtora.
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Ainda assim, mesmo que o valor do imóvel na planta seja interessante, é preciso levar em conta que será necessária uma reforma. "Na maioria das vezes, os imóveis são entregues sem nenhum acabamento, e será necessário fazer uma primeira reforma para viabilizar o uso do imóvel", explica à AnaMaria.
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Ou seja, se você pretende comprar um imóvel na planta, faça algumas buscas para saber as referências dos outros empreendimentos da construtora e o comportamento da dela no mercado. Isso já ajudará a evitar problemas.
"É importante entender como a construtora pretende custear a execução da obra, até a entrega das chaves – em geral, obras financiadas por instituições financeiras renomadas têm menos de chances de parar por falta de recursos durante sua execução. Além disso, tire todas suas dúvidas e leia atentamente os contratos antes de assiná-los, sempre", destaca.
Na hora de buscar imóvel na planta, leve em conta também a localização, o tempo de construção, áreas comuns, vaga na garagem etc.
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Agora, se você considerou a possibilidade de comprar e reformar um imóvel antigo, que tenha mais espaço, você também já anulou o risco de demora para entrega das chaves, falência da construtora e outras variáveis que podem afetar o prazo para recebimento da propriedade.
"Além disso, ao comprar um imóvel usado, o comprador não corre o risco de frustrar suas expectativas pois, na planta, o imóvel é adquirido com base em imagens e projeções que, por vezes, não condizem com o que é efetivamente entregue", diz Viviane.
Por outro lado, o imóvel antigo pode apresentar alguns problemas ocultos, de ordem estrutural, muitos deles decorrentes do desgaste de uso, como encanamento entupido, parte elétrica desatualizada e infiltrações, cujo reparo demandaria um custo além do previsto inicialmente.
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Ainda assim, a metragem maior e a reforma, que agrega modernização, podem valorizá-lo. "Em especial em cidades e localizações onde há escassez de terrenos para novos empreendimentos. No mercado imobiliário, tudo pode ser negociado, seja em imóveis novos ou usados", ressalta a advogada.
Reformar não é das missões mais fáceis e exige muita paciência, afinal, está repleta de ciladas, complicações e dinheiro. Por isso, Viviane afirma que existem alguns cuidados que podem ser tomados nesta fase.
"Busque empresas referenciadas no mercado e formalize as contratações por escrito, por meio de contratos bem elaborados. É um ponto de suma importância. Além de ter uma supervisão profissional da obra, através de engenheiros e arquitetos que podem acompanhar e atestar a qualidade dos serviços, evitando problemas futuros", orienta.
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