Saiba como identificar e se proteger de fraudes nos postos de gasolina que oferecem combustível adulterado para os consumidores
Publicado em 18/10/2024, às 12h30
Danos no motor, piora na eficiência do veículo e aumento dos gastos: abastecer com combustível adulterado é um pesadelo para os motoristas. Mas como saber se o seu posto está te enganando? A boa notícia é que o próprio consumidor pode fazer a checagem!
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o cliente tem o direito de solicitar testes de qualidade nos postos para verificar se a gasolina ou o etanol estão nos padrões de qualidade. No entanto, segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), apenas 5% fazem o pedido.
Os testes rápidos checam densidade e teor alcoólico do combustível com equipamentos disponíveis nos próprios postos. Segundo a resolução da ANP, os frentistas devem estar habilitados a fazê-lo gratuitamente e na frente do cliente.
Caso o estabelecimento se recuse a realizar o teste de combustível adulterado, o motorista pode registrar uma reclamação na ANP ou em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Acima, você confere como realizar o testagem e faça valer os seus direitos:
Há ainda outros sinais que podem ajudar a identificar um combustível adulterado:
Além disso, é importante guardar a nota fiscal do abastecimento. Ela serve como prova de que você abasteceu naquele local e pode ser utilizada em eventuais reclamações ou processos. O consumidor tem o direito de ser ressarcido por danos ao veículo decorrentes do uso de combustível adulterado.
Para evitar problemas com combustível adulterado, algumas práticas podem ajudar:
Além disso, conheça os principais testes que o consumidor pode solicitar ao posto de combustível:
1. Teste de densidade
Verifica se a gasolina ou o etanol estão dentro dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A densidade do combustível é medida com um termodensímetro, equipamento ue deve estar obrigatoriamente afixado às bombas de etanol nos postos. Para garantir a qualidade, observe o nível indicado pela linha vermelha e o combustível está límpido
2. Teste da proveta
No caso da gasolina, a quantidade de álcool anidro misturado ao combustível também deve seguir uma proporção estabelecida pela ANP. O teste de teor alcoólico serve para confirmar se essa proporção está correta: a gasolina comum deve ter 27% de álcool e a premium 25%. A variação permitida é de até 1% para mais ou para menos. Este é o teste do vídeo acima.
3. Teste de volume (prova da bomba)
O procedimento verifica se a quantidade de combustível fornecida pela bomba é de fato a mesma indicada no visor. O teste usa um aferidor, onde são colocados 20L do combustível direto da bomba. A diferença máxima é é de 100ml para mais ou 60 ml para menos.
4. Teste visual
Ainda que menos técnico, o teste visual consiste em observar a aparência do combustível, que deve ser translúcido e sem partículas ou coloração alterada. A presença de sedimentos ou uma cor muito escura pode indicar a mistura com solventes ou outras substâncias prejudiciais.
5. Teste de temperatura
A temperatura do combustível também pode ser um indicativo de adulteração. Postos devem armazenar gasolina e etanol em tanques que mantêm a temperatura controlada. O termômetro utilizado no teste pode indicar irregularidades na forma de armazenamento ou no produto.
