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Saúde mental: aprendizados dos filósofos da antiguidade

Como as sociedades antigas compreendiam e tratavam problemas de saúde mental? Veja lições valiosas para colocar em prática hoje

Da Redação Publicado em 28/08/2024, às 17h30

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Lições valiosas dos filósofos para colocar em prática hoje - Imagem│domínio público
Lições valiosas dos filósofos para colocar em prática hoje - Imagem│domínio público

A preocupação com a saúde mental não é algo recente; ela acompanha a humanidade desde os tempos antigos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 280 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem com a depressão, e aproximadamente um bilhão enfrenta algum tipo de desafio ligado à saúde mental.

Mesmo nas civilizações antigas, as pessoas já se deparavam com esses problemas, e muitas das suas percepções e métodos ainda podem ser aplicados nos dias de hoje. Entenda a seguir como essas sociedades antigas identificavam e tratavam questões que continuam presentes em nossas vidas.

Saúde mental: reconhecimento e tratamentos na antiguidade

Desde tempos remotos, a depressão e outros transtornos mentais eram reconhecidos como questões de saúde. Por exemplo, Homero, o famoso poeta grego do século VIII a.C., é citado como alguém que lutou contra a depressão antes de sua morte. Médicos gregos do final do século V a.C. já entendiam a ligação profunda entre a saúde física e o estado mental.

Um texto médico da época, conhecido como ‘Epidemias’, afirmava que nossos hábitos diários, como estilo de vida, alimentação, moradia e até a vida sexual, influenciavam diretamente nossa saúde mental. E essa visão holística é algo que ainda ecoa na maneira como entendemos a saúde mental hoje.

O impacto da saúde mental no corpo

Saúde mental: aprendizados dos filósofos da antiguidade
Galeno de Pérgamo │Lições valiosas dos filósofos para colocar em prática hoje

O ‘Epidemias’ também destacava casos em que problemas mentais resultavam em doenças físicas graves. Galeno de Pérgamo, um dos médicos mais renomados da antiguidade, observou que muitos adoeciam fisicamente em decorrência de um estado mental debilitado. Ele mencionou casos como o de um homem que desenvolveu febre e delírios após uma perda financeira, o que acabou levando à sua morte.

Prevenção e tratamento na antiguidade

Os antigos tinham diversas formas de prevenir ou tratar doenças mentais. Aristipo, filósofo do século V a.C., sugeria focar no presente como forma de evitar distúrbios mentais. Clínias de Tarento, no século IV a.C., usava música para acalmar suas emoções.

Além disso, os médicos recomendavam mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos, alimentação balanceada, viagens e jogos mentais para ajustar o estado mental dos pacientes. Ervas medicinais, como o heléboro, eram utilizadas para tratar condições como a paranóia, apesar dos riscos de efeitos colaterais.

Galeno acreditava que os problemas mentais surgiam de ideias fixas na mente, que precisavam ser substituídas por novas emoções e pensamentos para restaurar o equilíbrio mental.

Esforços para manter a saúde mental

Manter uma saúde mental equilibrada era visto como um esforço contínuo. Atividades que contrastassem diretamente com as emoções negativas eram recomendadas. Por exemplo, assistir a comédias teatrais era sugerido como uma maneira de combater a depressão.

Os antigos também destacavam a importância de mudanças no estilo de vida e na forma de pensar como essenciais para o bem-estar mental. Embora as técnicas e tratamentos modernos tenham evoluído, muitas das ideias fundamentais sobre saúde mental continuam relevantes.

Ao analisar as práticas antigas, percebemos que muitos conceitos sobre saúde mental ainda ressoam nos dias de hoje. Embora nossos métodos tenham se modernizado, a compreensão de que a mente e o corpo estão interligados permanece uma verdade essencial na busca pelo bem-estar.

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