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Comportamento / Esperança

Ana Maria Braga diz que é uma pessoa melhor após enfrentar câncer 4 vezes: “Ganhei muito”

Ana Maria Braga, Ana Furtado e Elaine Bast refletiram sobre a vida depois do câncer em evento

Famosas, como Ana Maria Braga e Ana Furtado, participaram da palestra ‘Vida que Segue’, do Instituto Vencer o Câncer. - Midori de Lucca/Instituto Vencer o Câncer
Famosas, como Ana Maria Braga e Ana Furtado, participaram da palestra ‘Vida que Segue’, do Instituto Vencer o Câncer. - Midori de Lucca/Instituto Vencer o Câncer

Ana Maria Braga foi uma das convidadas do evento ‘Vida que Segue’ realizado pelo Instituto Vencer o Câncer com a presença da AnaMaria Digital, na última quinta-feira (17). Além dela, Ana Furtado, Elaine Bast, Suzana Gullo e outras ex-pacientes de câncer relataram suas experiências após enfrentarem - e vencerem! - a doença.

O principal ponto defendido pelas participantes, assim como pelos médicos Antonio Buzaid e Fernando Maluf, foi que o diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte. Pelo contrário, Ana Maria Braga afirmou que sua vida mudou para a melhor após enfrentar nada menos do que quatro tumores malignos.

“O que mais me impactou foi o meu segundo câncer, há 23 anos. Quanto o Dr. Buzaid me disse que eu estava com câncer, o que mais me abalou foi a palavra naquele momento. Eu pensei: 'Quanto tempo eu tenho? Eu gosto tanto de ficar aqui, queria tanto ver os meus filhos crescerem, ver os meus netos'”, relembrou a apresentadora.

O primeiro diagnóstico de câncer de Ana Maria foi em 1991, quando descobriu um melanoma. Dez anos depois, a comandante do ‘Mais Você’ enfrentou um câncer colorretal. Ela ainda teve câncer de pulmão e câncer de mama posteriormente - os quais nunca hesitou em falar publicamente e conscientizar os telespectadores.

Superada a doença, Braga afirmou que colheu inúmeros ensinamentos. “Se eu olhar para trás, eu ganhei muito. Quem passou por isso sabe que a gente ganha aprendizado, um caminho mais bonito. Todo dia acordo e falo: ‘Que bom que eu estou aqui. Muito obrigada, Deus, por acordar mais um dia’”.

A veterana da TV Globo ressaltou ainda que passou a dar mais valor a cada minuto, relações e troca com os outros, após se deparar com a finitude da vida. “Eu aprendi a dar graças a Deus de estar aqui e poder continuar fazendo o que acredito ser o bem. Eu acho que esse foi o grande ganho. Fiquei uma pessoa melhor depois que eu tive câncer”, concluiu.

VIDA NOVA

Vida que Segue Evento
Midori de Lucca/Instituto Vencer o Câncer

Mediadora da conversa, Ana Furtado concordou com as falas de Ana Maria Braga, e contou os aprendizados que colheu após o câncer de mama, que enfrentou em 2018. “O que eu perdi após receber meu diagnóstico foi o medo. O medo paralisa e faz a gente deixar de fazer tanta coisa importante e especial… E ganhei vida. Costumo dizer: eu estou no bônus, cheia de gratidão!”, celebrou.

Mais um momento emocionante do ‘Vida que Segue’ foi o desabafo de Elaine Bast, que também lutou contra o câncer de mama em 2016. A ex-repórter da TV Globo desabafou que seu casamento terminou após ter entrado em depressão com o diagnóstico de câncer. “Meu ex-marido não conseguiu segurar a barra”, lamentou.

Por outro lado, a jornalista ganhou coragem para enfrentar seus medos e se aventurou em experiências que não teria tido chance antes de superar o câncer. “Fiz uma lista de coisas que tinha medo e decidi enfrentar. Uma delas foi: morria de medo de onda de mar e, há dois anos, comecei a aprender a surfar. Andar de skate, eu tinha medo de cair, e comecei a aprender com os meus filhos. E, há seis meses, comecei a tocar bateria, algo que eu sempre quis fazer”, explicou.

Todas as convidadas concordaram sobre a importância de acreditar na existência de vida após o câncer. Para elas, a confiança nos médicos e em si mesma são aspectos fundamentais para vencer a doença, independentemente do nível de gravidade enfrentado.

Como recado final, Ana Maria Braga motivou os presentes: “Se a gente, que está passando por isso, não acreditar, o organismo não vai responder e você está fadado ao fracasso. Você tem que lutar contra ele [o câncer], acordar e dormir pensando nele e dizer: ‘Você, diabo, filho de uma mãe, eu vou vencer você porque eu estou com todas as armas na minha mão e eu vou conseguir chegar no final desse caminho sem você”.