AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Bem-estar e Saúde / Esperança

Veneno de marimbondo pode curar câncer? Entenda a descoberta que pode ser revolucionária

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) identificaram no veneno de marimbondo propriedades capazes de combater células tumorais

Redação Publicado em 09/09/2024, às 17h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Professora descobre que veneno de marimbondo pode combater células tumorais - Reprodução/ IF Sul de Minas
Professora descobre que veneno de marimbondo pode combater células tumorais - Reprodução/ IF Sul de Minas

Uma descoberta promissora pode revolucionar o tratamento do câncer. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) identificaram no veneno de marimbondoChartergellus communis propriedades capazes de combater células tumorais, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. A bióloga Márcia Mortari, motivada por sua própria experiência com a doença, liderou a pesquisa que pode mudar o futuro da oncologia.

Veneno de marimbondo pode curar o câncer?

Após superar um câncer de mama, a pesquisadora dedicou sua vida à busca por novas terapias contra a doença. A descoberta do potencial antitumoral do veneno de marimbondo é o resultado de anos de pesquisa e dedicação.

Estudos em laboratório demonstraram que a substância presente no veneno de marimbondoChartergellus communis é capaz de destruir células de câncer de mama e melanoma. A proteína chartergellus-CP1, presente no veneno, tem se mostrado particularmente eficaz no combate às células tumorais.

Como o veneno de marimbondo age? Entenda o mecanismo

O segredo por trás desse poder antitumoral está em uma proteína específica presente no veneno, chamada chartergellus-CP1. Essa proteína funciona como uma espécie de "missilex inteligente", capaz de identificar e atacar células cancerígenas de forma precisa.

Ainda que os estudos estejam em andamento, os pesquisadores já identificaram alguns dos mecanismos pelos quais a chartergellus-CP1 atua:

  • Destruição da membrana celular: a proteína é capaz de se ligar à membrana das células cancerígenas, causando danos e levando à sua destruição. É como se a proteína perfurasse a célula, causando um vazamento que a leva à morte;

  • Indução da apoptose: a apoptose é um processo de morte celular programada. A chartergellus-CP1 pode induzir a apoptose nas células cancerígenas, levando-as à autodestruição;

  • Inibição da proliferação celular: as células cancerígenas se dividem de forma descontrolada. A proteína presente no veneno de marimbondo é capaz de inibir esse processo, impedindo que as células tumorais se multipliquem;

  • Modulação do sistema omunológico: além de atacar diretamente as células cancerígenas, a chartergellus-CP1 pode estimular o sistema imunológico do organismo a combater o tumor.

Os testes em laboratório realizados pela equipe da pesquisadora Márcia Mortari demonstraram resultados promissores. A proteína chartergellus-CP1 mostrou-se eficaz na destruição de células de câncer de mama e melanoma, sem causar danos significativos às células saudáveis.

veneno de marimbondo
Veneno de marimbondo pode ser uma alternativa no tratamento de câncer - Foto: Freepik

Quais os próximos passos?

A descoberta do potencial antitumoral do veneno de marimbondo representa um grande avanço, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que a substância possa ser utilizada em tratamentos clínicos. A equipe de pesquisadores da UnB está trabalhando em parceria com farmacêuticas para desenvolver um medicamento seguro e eficaz a partir da proteína chartergellus-CP1.

É importante ressaltar que os resultados obtidos em laboratório são muito promissores, mas não garantem a eficácia da substância em seres humanos. Novas pesquisas são necessárias para confirmar os resultados e desenvolver um tratamento seguro e eficaz para os pacientes com câncer.

Leia também:

Câncer de próstata: nova descoberta pode influenciar diretamente o tratamento da doença

Câncer da Kate Middleton: o que é quimioterapia preventiva?