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Bem-estar e Saúde / Saiba mais

Espondilite anquilosante: entenda a doença sem cura que acompanha Zé Felipe

A espondilite anquilosante exige tratamento contínuo para aliviar os sintomas e prevenir complicações que podem impactar a qualidade de vida

Marina Borges
por Marina Borges
[email protected]

Publicado em 19/11/2024, às 21h00

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Zé Felipe foi diagnosticado com espondilite anquilosante - Reprodução/Instagram
Zé Felipe foi diagnosticado com espondilite anquilosante - Reprodução/Instagram

Diagnosticado em 2019, o cantor Zé Felipe, aos 26 anos, vive com a espondilite anquilosante, também conhecida como espondiloartrite — uma condição inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e articulações. A doença, que ainda não tem cura, exige tratamento contínuo para aliviar os sintomas e prevenir complicações que podem impactar a qualidade de vida.

Marcada por dores constantes e rigidez na região lombar, a espondilite anquilosante pode se manifestar de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce. No caso de Zé Felipe, o tratamento adequado e o acompanhamento médico são fundamentais para manter a mobilidade e minimizar o impacto da doença em sua rotina.

O que é a espondilite anquilosante?

A espondilite anquilosante é uma doença reumática que provoca inflamação nas articulações da coluna e, em alguns casos, em outras partes do corpo, como quadris, joelhos e ombros. É mais comum em homens jovens, entre 15 e 35 anos, e está associada a uma predisposição genética, especialmente ao marcador HLA-B27.

Com o tempo, a inflamação pode levar à fusão das vértebras da coluna, reduzindo a flexibilidade e causando a postura curvada característica em casos avançados.

Principais sintomas

Os sintomas iniciais da espondilite anquilosante incluem:

  • Dor lombar persistente, especialmente durante o repouso noturno;

  • Rigidez matinal, que melhora com atividade física;

  • Fadiga, devido ao processo inflamatório crônico;

  • Inflamação em outras articulações ou estruturas, como olhos (uveíte) e intestinos.
espondilite anquilosante
Um dos principais sintomas da espondilite anquilosante é a dor lombar - Foto: Freepik

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da espondilite anquilosante pode ser desafiador, já que os sintomas são semelhantes aos de outras condições. Além da análise clínica e do histórico familiar, exames de imagem, como raio-X e ressonância magnética, são usados para identificar inflamações e alterações ósseas.

Exames laboratoriais também ajudam a detectar marcadores inflamatórios e o gene HLA-B27, que está presente em cerca de 90% dos casos diagnosticados.

Existe tratamento para espondilite anquilosante?

Embora não tenha cura, a espondilite anquilosante pode ser controlada com um plano terapêutico que inclui:

  • Medicamentos anti-inflamatórios: ajudam a reduzir dor e inflamação;

  • Imunobiológicos: em casos mais graves, podem ser indicados para controlar a resposta imunológica;

  • Fisioterapia: essencial para manter a mobilidade e prevenir deformidades;

  • Exercícios físicos regulares: atividades como natação e alongamentos fortalecem a musculatura e preservam a flexibilidade.

Nos casos mais avançados, em que há comprometimento severo da coluna ou das articulações, a cirurgia pode ser considerada para aliviar a dor ou corrigir deformidades.

Impacto na vida de Zé Felipe

espondilite anquilosante
Mesmo com espondilite anquilosante, Zé Felipe vive uma vida normal - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Apesar da condição, Zé Felipe se mantém ativo em sua carreira musical, sempre destacando a importância de cuidar da saúde. O cantor compartilha momentos de sua rotina com os seguidores, mostrando que é possível lidar com os desafios impostos pela espondilite anquilosante e continuar a viver intensamente.

A conscientização sobre a doença é um dos benefícios de personalidades como Zé Felipe abordarem o tema publicamente, ajudando a desmistificar o diagnóstico e incentivar outras pessoas a buscar ajuda médica ao identificar os sintomas.

Qualidade de vida com espondilite anquilosante

Com acompanhamento médico adequado e adesão ao tratamento, é possível viver bem com a espondilite anquilosante. Além dos cuidados médicos, é importante adotar hábitos saudáveis, como:

  • Praticar atividades físicas regularmente;

  • Manter uma dieta balanceada, rica em nutrientes anti-inflamatórios;

  • Evitar o tabagismo, que pode agravar a inflamação;

  • Garantir boas noites de sono para combater a fadiga.

A espondilite anquilosante pode parecer desafiadora, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível minimizar seus efeitos e viver de forma plena. O caso de Zé Felipe serve como inspiração e alerta para que outras pessoas prestem atenção aos sinais de alerta e priorizem a saúde.

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