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Bem-estar e Saúde / COMO ASSIM?

Envelhecimento cerebral: há maneiras de desacelerar o processo?

Saiba como cuidar da saúde cognitiva para manter a mente ativa e prevenir o envelhecimento cerebral com o passar dos anos

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 26/09/2024, às 13h20

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O fenômeno é natural e ocorre com o passar dos anos, mas há maneira de lidar com ele. - Foto: Freepik
O fenômeno é natural e ocorre com o passar dos anos, mas há maneira de lidar com ele. - Foto: Freepik

Você já se pegou em um momento de dificuldade para tarefas normais, como a capacidade de lembrar nomes, realizar várias tarefas ao mesmo tempo ou manter o foco por longos períodos? Esse fenômeno é pode ser causado pelo envelhecimento cerebral.

envelhecimento cerebral é um processo natural, que ocorre principalmente graças ao avanço da idade. À medida que diminuem a densidade das células cerebrais e a comunicação entre neurônios, O orgão começa a apresentar falhas em realizar atividades antes muito comuns.

Funções cognitivas, como memória, atenção e velocidade de processamento, são diretamente afetadas. Embora não seja possível impedir completamente esse processo, existem maneiras de desacelerá-lo e preservar a saúde cognitiva por mais tempo. 

Envelhecimento cerebral: há maneiras de desacelerar o processo
A genética, o estilo de vida e certas condições de saúde impactam na saúde cerebral. Foto: Freepik

Para entender, AnaMariaconversou com a médica Elodia Ávila, especialista em cirurgia plástica. A especialista desenvolveu o estudo recente “Como retardar o envelhecimento cerebral: Uma análise neurocientífica”.

O projeto, realizado em parceria com a filha, a estudante de medicina e membro do CPAH - Centro de Pesquisas e Análise Heráclito, Rafaela Ávila e o Pós PhD em neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, analisa os fatores que causam o envelhecimento cerebral e como retardá-lo.

O que causa o envelhecimento cerebral?

Antes de tudo, é preciso entender o que causa o fenômeno. De acordo com a especalista, diversos fatores influenciam envelhecimento cerebral. Entre eles, a genética, o estilo de vida e certas condições de saúde são determinantes importantes.

“Fatores genéticos podem determinar a suscetibilidade a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Já o estilo de vida, com hábitos como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e consumo excessivo de álcool contribuem para o envelhecimento cerebral precoce", explica Elodia Ávila.

Além disso, doenças crônicas como hipertensão, diabetes e obesidade também afetam negativamente o cérebro ao longo do tempo. Esses fatores, combinados, podem levar a um declínio mais rápido das funções cognitivas, impactando a memória, a atenção e outras habilidades mentais essenciais para o bem-estar no dia a dia.

Como desacelerar o envelhecimento cerebral?

Como citado, o segredo para manter o cérebro saudável está em um conjunto de uma série de fatores interligados. Alimentação balanceada, a prática de atividades físicas regulares e a estimulação contínua da mente estão entre os principais pontos.

Envelhecimento cerebral: há maneiras de desacelerar processo
Socialização, atividades físicas e mentais são essenciais nesse processo. Foto: Freepik

Além desses, há outro fator importante que ajuda a manter a saúde cerebral por mais tempo: a neuroplasticidade cerebral. O conceito de neuroplasticidade define a capacidade do cérebro de se reorganizar e criar novas conexões neurais ao longo da vida — é uma peça-chave nesse processo.

De acordo com Elodia, a neuroplasticidade pode ser estimulada por meio de atividades mentais, jogos, exercícios físicos e uma vida social ativa. Essas ações promovem a formação de novas conexões entre os neurônios, fortalecendo as já existentes e até mesmo regenerando células cerebrais, o que ajuda a retardar o declínio cognitivo.

Um sono de qualidade também é fundamental para controlar o envelhecimento cerebral. Durante o sono, o cérebro realiza processos de limpeza, removendo toxinas que prejudicam seu funcionamento. Dormir bem também contribui para a consolidação da memória e melhora do aprendizado.

A vida social ativa também é fundamental para a saúde do cérebro. Manter conexões sociais estimula áreas do órgão responsáveis pela memória e pela linguagem, além de ajudar a reduzir o risco de depressão, um fator que acelera o declínio cognitivo.

“O rejuvenescimento cerebral pode ser atingido através de um misto de fatores, comportando - se como um combo de diversas áreas da vida que precisam estar em união a fim de um único propósito. É necessário equilibrar a alimentação diária, bem como a rotina com atividades saudáveis, uma boa qualidade de sono, além de exercitar o cérebro através da neuroplasticidade e do aprendizado, não deixando de lado os cuidados básicos com a saúde e permanecendo útil e ativo na sociedade e no trabalho”, afirma um trecho do artigo.

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