É comum que a queda de cabelo, em alguns casos, evolua para um quadro de calvície. O diagnóstico pode acontecer entre pessoas de todas as idades, desde as mais novas até as mais velhas. Contudo, quando falamos em tratamento, o transplante capilar é o procedimento que tem mais êxito diante do problema, já que desenvolveu ao longo dos anos técnicas modernas e com resultados satisfatórios.
Isso sem falar que, ao restaurar o estado natural dos cabelos, a melhora na autoestima é fácil de perceber. Além da presença de cabelo rejuvenescer a pessoa, ainda ajuda em grande medida no processo de auto aceitação e confiança em si mesmo.
Por isso, Cintia Carvalho, cirurgiã-plástica expert em transplante capilar, esclarece as principais dúvidas a respeito do procedimento e enfatiza: “Ver a transformação que a cirurgia gera, não só na estética, mas na autoconfiança, na segurança e na vida do paciente como um todo, é algo extremamente satisfatório e que me motiva estar sempre em busca da excelência em meu ofício”.
Por que fazer um transplante capilar?
A calvície é uma condição muito frequente que afeta uma grande parcela da população, tanto homens quanto mulheres. O transplante capilar devolve a autoestima e é uma solução natural e bastante eficaz para a queda capilar. “A população deseja envelhecer de maneira saudável, retardando, sempre que possível, os sinais do envelhecimento, com harmonia e naturalidade. Os pacientes que me procuram estão em busca justamente dessa naturalidade”, pontua.
Quais as técnicas de transplante capilar? Como funciona cada uma?
Em resumo, temos a FUT e a FUE. A primeira é uma técnica mais antiga, mas ainda bastante realizada no Brasil, onde uma faixa de couro cabeludo é removida da área doadora e, no microscópio, os folículos são individualizados e transplantados para a área receptora do couro cabeludo. Essa técnica deixa uma cicatriz linear na área doadora, que pode ser visível dependendo da densidade e do corte de cabelo do paciente. “Eu utilizo apenas a técnica FUE, que é uma técnica minimamente invasiva em que os folículos já são extraídos um a um da área doadora. Essa técnica não gera a cicatriz horizontal no couro cabeludo, permite a utilização de áreas doadoras corporais e de barba, e garante também um resultado muito natural, dependendo da habilidade do cirurgião. Outra vantagem é o pós-operatório muito mais tranquilo”.
Quais as vantagens do procedimento?
O transplante é capaz de devolver cabelo para uma região que não apresentaria melhora com nenhum outro tipo de tratamento, como as regiões de calvície já definidas. A vantagem é o rejuvenescimento e resgate da autoestima e segurança do paciente.
Quem pode fazer?
O transplante capilar pode ser realizado em qualquer paciente (homem ou mulher) que tem alopecia androgenética, popularmente conhecido como calvície, e que esteja com a saúde em dia. Outras indicações são para a redução da fronte (testa grande), para correção de cicatrizes, queimaduras ou de alopecia já estabilizadas.
Quando o procedimento é indicado?
O procedimento geralmente é indicado em pacientes com mais de 30 anos de idade e com calvície já definida ou rarefação importante em couro cabeludo. Entre 20 e 30 anos, cada caso tem que ser avaliado individualmente em relação à indicação de cirurgia.
Existem riscos? Quais?
Todo procedimento cirúrgico tem riscos (nesse caso, um pouco mais frequentes em pacientes fumantes e/ou diabéticos). Por isso, os exames pré-operatórios são tão importantes. “O paciente deve estar com a saúde em dia para ir ao centro cirúrgico. Os principais riscos locais são infecção, necrose de pele e baixa pega folicular, mas, em mãos experientes, são complicações muito raras”.
Quais são os resultados esperados e em quanto tempo?
Normalmente, o resultado é iniciado em três ou quatro meses pós-transplante, e o aspecto final é visto em cerca de dez a 12 meses de cirurgia. O resultado vai depender do número de folículos transplantados (que varia de acordo com o tamanho e densidade da área doadora), da espessura dos fios, da extensão da calvície e da pega adequada dos fios. “Para garantir uma boa pega, o paciente deve escolher um cirurgião capacitado e experiente, e seguir todas as recomendações de pós-operatório”.