Reality passou por mudanças na apresentação e teve até mesmo um integrante pet na 1ª edição
Não dá para negar que o 'Big Brother Brasil' é um dos realities show mais famosos do país -e do mundo. Ver um monte de gente presa em uma casa bacana, com todos os conflitos inerentes, faz sucesso desde 2002 no Brasil.
E a aposta da TV Globo no programa é tamanha que o 'BBB1' será reprisado no canal Viva a partir do dia 11 de maio, apenas uma semana após o fim do 'BBB21'.
A 1ª edição é bem diferente da atual temporada. Por isso, AnaMaria Digital separou algumas alterações que o formato sofreu para se manter na boca do público ano após ano. Confira!
DUPLA DE APRESENTADORES
A mudança mais marcante, sem dúvidas, é na apresentação. Todo mundo se lembra de Pedro Bial no comando do reality show desde o início. No entanto, você pode ter se esquecido que Marisa Orth também apresentou o 'BBB1'. A desenvoltura da atriz, no entanto, fez com que ela tivesse as participações reduzidas, deixando apenas o jornalista à frente do programa a partir da segunda edição.
Foi em 2017 que Tiago Leifert assumiu o programa e acrescentou sua personalidade ao jogo.
Pedro Bial e Marisa Orth no comando da 1ª edição do 'BBB' (Foto: TV Globo)
PAREDÃO QUE NÃO ERA PAREDÃO
Outro ponto do programa que mudou foram os Paredões. Na verdade, esse nem era o nome das votações populares, que se chamavam apenas 'berlinda'. O nome 'Paredão' foi criado pelo artista plástico Adriano de Castro, participante da 1ª edição.
"A gente falava noite da eliminação, noite da exclusão, que eu não gostava, achava esquisito, a noite da desclassificação, mas tudo carecia de pegada. Aí lá dentro ele [Adriano] falou: 'Vai pro paredão!'. Pronto, paredão pegou", explicou Bial para o Memória Globo.
A formação do Paredão, inclusive, não era ao vivo. O material era gravado e exibido ao público momentos antes do resultado ser revelado à casa. Além disso, na 1ª edição do BBB, os apresentadores revelavam ao público como estava sendo o placar momentâneo dos votos.
PARTICIPAÇÃO ILUSTRE
A 1ª edição contou com uma participação para lá de especial por cerca de 15 dias: a cadela Mole. Após uma escolha do público, o animal ficou na casa e conquistou o elenco da época, principalmente o primeiro eliminado, Caetano Zonaro.
Cadela Mole, no 'BBB1' (Foto: TV Globo)
O ANJO E O MONSTRO
Nem sempre o Anjo fez parte do 'BBB'. A dinâmica de ter uma prova em que o vencedor poderia dar o colar da imunidade para alguém apareceu apenas em 2003. Inclusive, Dhomini venceu cinco das nove provas do Anjo daquela edição.
A maioria das imunidades, claro, foram para Sabrina Sato, que era o affair do rapaz na época. Já o castigo do Monstro surgiu apenas na edição de 2009 e de lá para cá já foi motivo de muita briga em todas as temporadas.
Matheus, do 'BBB18', no castigo do Monstro (Paulo Belote/TV Globo)
O PRÊMIO
De lá pra cá, o prêmio também mudou. Na 1ª edição, o ganhador Kléber Bambam levou R$ 500 mil, enquanto Vanessa, a segunda colocada, recebeu R$ 30 mil e André, terceiro colocado, R$ 20 mil.
Em 2005, o valor dado ao grande vencedor Jean Wyllys mudou e passou a ser R$ 1 milhão. Já o atual prêmio de R$ 1,5 milhão foi atualizado na 10ª temporada, vencida por Marcelo Dourado. O prêmio para 2º e 3º lugares também aumentaram para R$ 150 mil e R$ 50 mil, respectivamente.
ESTALECAS
Quem vê os participantes do 'BBB21' brigando por estalecas ou pela falta delas, mal se lembra que o 'BBB1' não tinha essa "moeda" envolvida no jogo. As estalecas apareceram somente na edição de 2005. De acordo com Pedro Bial, o termo era usado em Portugal e significava vigor e dinheiro.
Já a divisão entre grupos com mais mordomias e o que tinha menos privilégios surgiu em 2011. De lá para cá, cada grupo recebeu um nome diferente. Atualmente, a casa se divide entre VIP e Xepa.
PATROCÍNIO
Quem acompanhou as últimas temporadas do 'BBB' notou os muitos patrocinadores. Se antes não era tão comum ter provas patrocinadas, agora é mais do que corriqueiro.
Em todos os episódios do reality há uma marca diferente realizando alguma ação de marketing para os participantes ou elaborando as provas e promovendo as festas. O 'BBB1' não teve essa estratégia toda, né?
VAI E VOLTA
Se hoje os participantes são desclassificados caso precisem sair da casa - como aconteceu com Vanderson, no 'BBB19' -, nas primeiras edições isso até era comum.
As saidinhas para o Carnaval aconteceram, por exemplo, na 1ª edição e na 5ª temporada do programa. No 'BBB1', Kléber Bambam e Cristiana Mota foram escolhidos pelo público para desfilar na Sapucaí. Grazi Massafera e Jean Wyllys também foram escolhidos para curtir os desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, em 2005. Privilégio é o nome!
Grazi Massafera e Jean Wyllys foram escolhidos pelo público para assistir o desfile do Carnaval do Rio de Janeiro, em 2005 (Foto: TV Globo)
ARCAICO
Os Paredões atuais são definidos de maneira muito rápida, já que o público pode votar de forma prática acessando o site da emissora e realizando um cadastro. Voto fácil e gratuito desde 2014. No entanto, nem sempre foi assim.
Até porque, na 1ª edição, o acesso à internet não era nada democrático no país. Por isso, para votar, os telespectadores tinham que ligar ou mandar um SMS com a opção de quem queriam eliminar. Um sistema bem arcaico para os tempos atuais, né?
O ELENCO
Outra mudança bem discrepante entre 'BBB1' e 'BBB21' é o elenco. Nas primeiras edições, os participantes eram pessoas totalmente anônimas, ou seja, desconhecidas pelo público.
Os anos passaram e os jogadores convocados para o confinamento mudaram. Por exemplo, em 2010 e 2013, ex-BBB's voltaram à casa para disputarem o prêmio máximo. Nas edições 17 e 18, irmãos gêmeos e uma família inteira, respectivamente, entraram no confinamento. E mais recente, nas edições 20 e 21, metade do elenco foi composto por famosos. É mudança que não acaba mais!
Ayrton Lima e a filha Ana Clara Lima, na edição de 2018 (Foto: Paulo Belote/TV Globo)