Zezé Motta precisou de terapia após protagonizar ‘Xica da Silva’ em 1976. Em entrevista ao colunista João Arruda, divulgada neste domingo (22) pelo jornal Extra, a atriz contou que confundiram pessoa com personagem e acabou ficando no imaginário masculino por conta de sua interpretação.
“Fui percebendo que era uma fantasia transar com a Xica da Silva porque tinha essa carga forte do filme, da personagem que dançava nua e que enlouquecia os homens. Meus parceiros sexuais tinham uma expectativa de que eu fosse a Mulher-Maravilha na cama”, disse.
“Quando eu fiz a Xica, estava solteira. Tive uma história com uma pessoa da filmagem, depois a história acabou, e eu fiquei mulher livre, sem compromisso, e os meus parceiros realmente sempre citavam a Xica antes, durante ou depois do sexo. Eu me lembro que eu tive um que falou: ‘quando um filme se torna realidade’. Eu me senti no dever de ser a Mulher-Maravilha na cama”, completou.
Segundo ela, isso a fazer esquecer de seu prazer durante as relações sexuais, pois pensava que não podia decepcionar os parceiros. “Fui parar na análise, claro!”, falou.
Além disso, a atriz, hoje com 76 anos, relembrou um episódio de assédio que sofreu durante uma corrida de táxi ao ser reconhecida pela voz.
“Ele estava colocando a mão na minha coxa e furando todos os sinais. Fiquei em pânico. A minha sorte é que chegando em Copacabana teve um sinal que tinha um guarda, e ele respeitou e parou. Eu fiquei tão em pânico que só abri a porta do carro e saí correndo. Nem falei para o guarda porque eu estava correndo, não fiz queixa, eu queria era sair dali. Eu sempre brinco que não paguei a passagem porque já estava mais do que paga”, concluiu.