A banda mexicana RBD, fenômeno mundial dos anos 2000, vem arrasando os corações dos fãs com o retorno. O grupo, que surgiu a partir da novela ‘Rebelde’, volta aos palcos após quase 15 anos de hiato, desde o lançamento do último disco em 2009. Marcada pelo amor dos fãs, a história da banda também contou com uma confusão que virou tragédia na primeira vinda ao Brasil.
Composto originalmente por Dulce María, Anahí, Maitê Perroni, Christian Chávez, Christopher Uckermann e Alfonso Herrera, o grupo veio pela primeira vez ao Brasil em fevereiro de 2006, menos de um ano após ‘Rebelde’ estrear no SBT. No dia 4 de fevereiro do mesmo ano, o hipermercado Extra e a gravadora EMI organizaram uma sessão de autógrafos da banda, em São Paulo.
Aproximadamente três mil fãs do RBD iriam comparecer ao local, mas o número foi muito maior do que os organizadores esperavam. O lugar, que não tinha capacidade para mais do que o planejado, recebeu dez mil pessoas na mesma tarde.
O que era para ser apenas uma sessão de autógrafos se tornou um pocket show para milhares de pessoas. Só que o que parecia um sonho para os fãs, logo virou um pesadelo. Enquanto a apresentação acontecia, as pessoas na plateia tentaram chegar mais perto da banda e, em meio aos empurrões, a grade que dividia o palco do público foi derrubada.
Vídeos divulgados na época registraram Anahí pedindo calma ao público, mas a fala não surtiu efeito na plateia, que continuou a se empurrar. O show teve que ser encerrado e, mesmo assim, a confusão continuou, levando ao pisoteamento de inúmeros fãs, em maioria crianças. Dezenas de vítimas tiveram que ser levadas às pressas ao atendimento médico, e três delas não resistiram e morreram.
Apesar de a tragédia já ter muitos anos, os fãs brasileiros permanecem fiéis à banda e com o mesmo entusiasmo, como mostram as brigas nesta sexta-feira (27), primeiro dia de abertura da venda dos ingressos para os shows no Brasil. A luta por um lugar nas apresentações dos dias 17, 18 e 19 de novembro foi marcada por longas filas, tentativas de furto, agressões e desentendimentos, como reportou a coluna de Leo Dias.