Em homenagem a Gal Costa, que faleceu na última quarta-feira (9), Caetano Veloso e Maria Bethânia foram convidados para falar sobre a amiga no ‘Fantástico’ do último domingo (13).
Os dois falaram sobre a relação que tinham com a cantora, o momento que a conheceram e Caetano até falou que ficou “emocionadíssimo” no último encontro que teve com ela.
Renata Ceribelli perguntou: “Eu queria que vocês definissem a amizade de vocês com a Gal. Uma história de amor antes de tudo? Amor da cabeça aos pés?”, ao que Caetano e Bethânia responderam afirmativamente.
A repórter lembrou que foi o cantor que apresentou Gal à sua irmã. “Eu com a Gal foi amor à primeira vista, eu me apaixonei na hora que eu conheci Gal. Primeiro que era soteropolitana, não era do interior lá do sertão nem de Santo Amaro. Então ela tinha todo um jeito diferente, era muito charmosa, muito quieta, sabida”, revelou Bethânia.
Caetano, então, contou uma particularidade da personalidade da cantora falecida: “Ela não era uma pessoa da fala assim, o negócio dela era mais cantar e se mover”.
Em seguida, Renata lembrou que Gilberto Gil já definiu a amizade deles como uma amizade de alma. “O Gil gosta muito da dimensão espiritual quando ele fala e pensa”, disse Caetano.
“Eu também tenho muita fé na coisa intuitiva. Porque coincidiu de nós quatro nos conhecermos naquele momento”, concordou Bethânia, referindo-se à ela, ao irmão, a Gil e a Gal.
Vale lembrar que o grupo se apresentou junto pela primeira vez em 1976, durante a ditadura militar. O show ‘Doces Bárbaros’ falava sobre a liberdade e tudo foi pensado como uma forma de protesto, as roupas, a dança, a música, entre outros aspectos.
FILHO
Gabriel Costa cedeu uma entrevista ao ‘Fantástico’ do último domingo (13) para desabafar sobre o luto após a morte de Gal Costa, sua mãe adotiva. Essa foi a primeira vez que o rapaz de 17 anos comentou o assunto publicamente desde a morte da cantora aos 77 anos em São Paulo.
Quanto à relação entre mãe e filho, ele afirmou: “Ela era muito melosa. Muito grudenta. Eu falava: ‘Mãe, pelo amor de Deus (…) Tinha umas horas que eu queria ficar na minha de boa, quietinho, e ela já chegava grudando, abraçando, beijando”.
Por esse motivo, Gabriel lamenta não ter dedicado mais tempo à companhia de Gal. “Não aproveitei muito a presença da minha mãe aqui. Eu não ficava muito tempo sentado com ela e minha madrinha [Wilma Petrillo] conversando. Eu ficava jogando, vendo série. Eu devia ter aproveitado mais”, disse.
Outro assunto abordado foi a visão do adolescente sobre a carreira artística da mãe, ao que ele revelou que só entendeu a dimensão da cantora da MPB após a sua morte. “Eu tinha a visão de que ela era minha mãe. Eu não tinha a dimensão dela como cantora. Eu só percebi isso no velório dela. E foi por esse motivo que eu vim aqui [ceder entrevista]”, contou.
Ao final, ele acrescentou sobre o momento de luto que enfrenta na ausência de Gal Costa: “Sei que minha mãe está lá em cima, me olhando. Vou me manter firme e forte e seguir”.