Camilla Camargo voltou a falar sobre a morte do amigo, Luiz Carlos Araújo, encontrado morto em setembro. Os dois trabalharam juntos na novela ‘Carinha de Anjo’, em reprise no SBT, mas nutriam uma amizade que durou anos.
“Eu o conheci com nove anos de idade e trabalhamos algumas vezes juntos. Lembro da gente durante ‘Zorro, O Musical’ em que eu fiz a mocinha e ele o vilão. A gente ria das coisas que o personagem dele tinha de fazer com a minha personagem porque ele tinha dó de fazer aqueles gestos de vilania comigo. São muitas lembranças e saudades!”, contou ela ao UOL, nesta terça-feira (5).
“Foi uma pessoa muito especial para mim e que será lembrado com muito amor”, completou Camilla.
A atriz demonstrou gratidão por ter trabalho na novela infantil do canal de Silvio Santos. Segundo ela, o carinho dos telespectadores mirins a transformou de forma positiva.
“Foi uma honra fazer parte de uma novela tão bem recebida pelo público e onde, realmente, formamos uma família. Aprendi muito durante toda a gravação, tanto com a produção, os atores. É um trabalho que tenho muito carinho e todo o processo foi muito marcante, mas o carinho das crianças com certeza foi o que mais me marcou”, relatou.
TRAGÉDIA
Luiz Carlos Araújo, de 39 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, localizado em São Paulo (SP), no dia 11 de setembro.
A causa da morte dele foi divulgada pela equipe que investigou o caso, duas semanas após Luiz ser encontrado. Segundo o laudo do IML (Instituto Médico Legal) ao qual o UOL teve acesso, o artista morreu por uma asfixia acidental.
O documento da perícia afirma ainda que Luiz tinha drogas no organismo quando morreu. Um trecho do texto diz que “não foram observados sinais de alteração externas ou internas” no corpo.
No laudo, consta ainda que houve associação de antidepressivos, cocaína e álcool. Assim, ficou determinada a causa da morte, associada ao confinamento e rebaixamento do nível de consciência.
“Consta da ocorrência que a vítima foi encontrada com um saco preto na cabeça, prática essa conhecia em Literatura Médica como re-respiração, usada com certa frequência para aliviar a respiração rápida e descontrolada em situações de ansiedade e em muitas práticas de asfixiofilia/parafilias, com o intuito de aumentar o teor de dióxido de carbono e diminuir o teor de oxigênio, variações estas que causam vasodilatação ou vasoconstrição de vasos extra e endocranianos. Tal prática pode ter como complicação a asfixia por confinamento (troca do ar respirável por ar irrespirável)”, consta o texto.