Após ficar sete dias encalhada, um elefante-marinho fêmea finalmente voltou ao mar na última quarta-feira (20), na Praia do Monduba, em Guarujá, litoral de São Paulo. O resgate foi realizado por uma equipe do Instituto Gremar, que monitorou o animal desde seu encalhe inicial na Praia das Astúrias. Em estado debilitado, o animal recebeu cuidados especiais antes de ser liberado para seu habitat natural.
O elefante-marinho, que apresentava sinais de exaustão e estava abaixo do peso ideal, foi transferido para um local mais reservado após seu primeiro dia encalhado, evitando o intenso fluxo de banhistas. Durante sua estadia em um espaço provisório, o animal foi tratado com hidratação, medicamentos e monitoramento constante, garantindo uma recuperação que permitisse seu retorno seguro ao oceano.
Como foi o resgate do elefante-marinho?
O resgate mobilizou esforços da equipe técnica do Instituto Gremar, especializada no atendimento a animais marinhos. Desde o início, o elefante-marinho foi mantido sob vigilância e em um ambiente adaptado, com sombra e água, para reduzir o estresse e facilitar sua recuperação.
Exames iniciais revelaram alterações hematológicas e um quadro de fraqueza. Esses fatores exigiram uma abordagem cuidadosa, com suplementação nutricional e medicação. A resposta positiva aos tratamentos foi evidente após alguns dias, quando novos exames mostraram melhoras significativas, tornando possível a reintegração do animal ao mar.
Segundo o Instituto Gremar, o processo de retorno foi realizado de forma gradual. “O recinto foi aberto para que o elefante-marinho pudesse voltar ao mar em seu próprio ritmo, quando estivesse confortável – o que ocorreu por volta das 13h”, afirmou a equipe.
A importância do resgate para a preservação
A recuperação e devolução de animais marinhos ao seu habitat natural são ações fundamentais para a preservação da biodiversidade. O elefante-marinho, uma espécie encontrada principalmente nas regiões subantárticas, ocasionalmente aparece no litoral brasileiro durante períodos de migração. Essas visitas, no entanto, podem ser acompanhadas por desafios, como cansaço extremo, desnutrição ou ferimentos, principalmente após longas jornadas em busca de alimento ou refúgio.
Casos como esse destacam a relevância do trabalho de organizações especializadas, como o Instituto Gremar, que atua na conservação e reabilitação da fauna marinha. Além de auxiliar diretamente os animais, essas iniciativas promovem conscientização sobre a necessidade de proteger os oceanos e seus habitantes.
Veja o vídeo do elefante-marinho voltando para o mar:
Animal foi encontrado na Praia das Astúrias, em Guarujá (SP), e foi transferido para a Praia do Monduba, na mesma cidade, onde foi cuidado pelo Instituto Gremar
🎥Instituto Gremar pic.twitter.com/pVobwSvhPI
— Itatiaia (@itatiaia) November 25, 2024
Elefantes-marinhos no Brasil existem no Brasil?
Embora não sejam nativos da costa brasileira, os elefantes-marinhos são visitantes ocasionais, especialmente durante o inverno. Esses animais podem atingir até quatro toneladas e são conhecidos por sua capacidade de mergulho profundo, que os ajuda a buscar alimento em águas frias e ricas em nutrientes.
No entanto, ao se afastarem de seu habitat habitual, eles enfrentam riscos, como o contato com poluição, redes de pesca ou áreas urbanizadas. Resgates como o realizado em Guarujá são essenciais para garantir a sobrevivência desses gigantes marinhos em situações de vulnerabilidade.
O retorno do elefante-marinho ao mar marca o desfecho de um trabalho meticuloso de resgate e reabilitação. A história desse animal é um lembrete da importância de preservar o meio ambiente e apoiar iniciativas que garantam o bem-estar da fauna marinha.
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