As Olimpíadas de Paris estão prestes a acabar, mas não antes da estreia de uma nova modalidade esportiva. Nesta sexta-feira (9) e no sábado (10), começam as competições do Breaking, um estilo de dança urbana que promete atrair um público ainda mais jovem para o evento.
O Breaking foi criado em Nova York, nos Estados Unidos, na década de 1970, nas chamadas festas de quarteirão. A dança é inspirada na cultura hip-hop.
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Serão 16 competidores da nova modalidade esportiva tanto no feminino quanto no masculino, que terão a Place de la Concorde como palco. O espetáculo é comandado por um DJ e um Mestre de Cerimônia (MC).
Os dançarinos de cada país duelam entre si por três vezes, tendo um minuto cada batalha. Eles devem improvisar movimentos que envolvam giros de cabeça para baixo, acrobacias com os pés e cambalhotas.
Os juízes avaliam as performances seguindo cinco critérios: musicalidade, originalidade, vocabulário (diversidade dos movimentos), técnica e execução. Cada categoria vale 20% na nota final. Além disso, os árbitros têm um controle digital, que sinaliza quem está vencendo o confronto. As duas melhores pontuações seguem adiante na competição.
O Breaking das mulheres começou nesta sexta, às 11h, com final marcada para às 16h15. Os homens se apresentam no sábado. Os brasileiros Leony Pinheiro e Mayara Collins não conseguiram se classificar no Pré-Olímpico e, portanto, não há representantes do Brasil na disputa nas Olimpíadas de Paris.
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Ainda que o Breaking seja uma nova modalidade esportiva em 2024, a dança está fora da programação nos jogos de Los Angeles, em 2028.
Reconhecido pelo COI
Os Jogos de Tóquio abriram as portas para novas modalidades, como o beisebol, escalada, surfe e skate. Paris também recebeu novos esportes, assim como acontecerá em Los Angeles, em 2028. Afinal, como é feita a escolha de novas modalidades para as Olimpíadas?
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O primeiro de tudo é a modalidade ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Depois, precisa ter um organizador, como a Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Esse administrador do esporte precisa estar comprometido com o código antidoping e com a Carta Olímpica. É uma forma para que os atletas estejam de acordo com os princípios olímpicos e não usem substâncias ilícitas que possam melhorar o desempenho.
Mas, não é só isso. Uma modalidade só entra nos Jogos se outra sair. Portanto, o COI está constantemente revisando quais esportes podem render mais engajamento e investimento dos patrocinadores. Neste sentido, os organizadores de cada modalidade se esforçam para mantê-las dentro do evento.
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