Na última terça-feira (22), um avião da FAB caiu em Parnamirim, região da Grande Natal, causando susto entre moradores e trabalhadores locais. O piloto do caça conseguiu ejetar-se a tempo e direcionou a aeronave para uma área desabitada, evitando maiores tragédias. Embora acidentes aéreos sempre causem grande comoção, a verdade é que as chances de um avião cair são extremamente baixas. Mas, afinal, qual a probabilidade de isso acontecer? E como ela se compara a outros acidentes do dia a dia?
Apesar da queda do avião da FAB gerar preocupação, voar ainda é uma das formas mais seguras de transporte. Para entender melhor as chances de um acidente aéreo acontecer e compará-las a outros incidentes, como acidentes de carro ou até ser atingido por um raio, AnaMaria analisa as estatísticas. Confira a seguir.
Qual a chance de um avião cair?
Viajar de avião, embora possa causar ansiedade em algumas pessoas, é surpreendentemente seguro. Estatísticas mostram que a probabilidade de um avião cair é de aproximadamente 1 em 11 milhões de voos. Ou seja, para uma pessoa estar envolvida em um acidente aéreo, ela teria que voar diariamente por 30 mil anos antes de enfrentar um desastre.
Os motivos para essa segurança são múltiplos. A aviação comercial e militar investe pesadamente em tecnologia, manutenção de aeronaves e treinamento de pilotos, além de haver uma regulamentação rigorosa por parte das autoridades de aviação ao redor do mundo. No caso do avião da FAB que caiu, o piloto conseguiu direcionar a aeronave para uma área segura antes de ejetar, o que mostra o nível de preparo desses profissionais para situações de emergência.
Além disso, acidentes aéreos tendem a ter uma grande cobertura da mídia, o que pode criar a impressão de que eles acontecem com mais frequência do que realmente ocorrem. Na realidade, a chance de sofrer um acidente aéreo é consideravelmente menor do que outros tipos de incidentes.
Comparando com acidentes de carro
Em contraste, acidentes de carro são muito mais comuns e perigosos. A probabilidade de uma pessoa sofrer um acidente de trânsito é de cerca de 1 em 103 ao longo da vida, segundo dados globais. No Brasil, as estatísticas de mortalidade no trânsito são ainda mais alarmantes. A cada ano, milhares de pessoas perdem a vida em acidentes nas estradas, tornando o carro um meio de transporte muito mais arriscado do que o avião.
Essa diferença significativa deve-se a vários fatores. Nas estradas, temos variáveis incontroláveis, como comportamento dos motoristas, condições climáticas e manutenção de veículos. Além disso, a quantidade de carros em circulação é imensamente superior ao número de voos diários. Portanto, mesmo que voar pareça mais assustador, o transporte rodoviário é, na prática, muito mais perigoso.
E a chance de ser atingido por um raio?
Outro dado interessante para ilustrar a baixa probabilidade de acidentes aéreos é a comparação com eventos raros e inesperados, como ser atingido por um raio. A chance de isso acontecer com uma pessoa é de cerca de 1 em 1 milhão ao longo da vida, ainda assim muito mais provável do que ser envolvido em um acidente aéreo. Isso mostra o quão improvável é uma queda de avião, especialmente quando comparada com outros eventos raros, como ser atingido por um raio.
Como evitar acidentes domésticos e cotidianos?
Embora aviões sejam extremamente seguros, o mesmo não pode ser dito de algumas atividades cotidianas. Acidentes domésticos, por exemplo, também são uma grande causa de lesões e mortes. Quedas, queimaduras e intoxicações são incidentes que ocorrem com frequência, mas que, assim como no trânsito, podem ser prevenidos com medidas simples de segurança.
Evitar distrações ao dirigir, manter a casa livre de obstáculos e seguir protocolos de segurança no dia a dia são maneiras eficazes de minimizar os riscos. No caso do piloto do avião da FAB que caiu, a rápida resposta e os treinamentos recebidos foram fundamentais para garantir a segurança, assim como essas práticas podem ser aplicadas no nosso cotidiano para prevenir acidentes.
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