A alta da Selic afeta diretamente quem investe em renda fixa, como poupança, Tesouro Direto e CDBs. Com a nova taxa, os retornos dessas aplicações tendem a crescer, especialmente para quem busca maior segurança e estabilidade em seus investimentos. A taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), subiu para 10,75% ao ano, tornando o cenário ainda mais promissor para quem já tem ou está pensando em investir nessas modalidades.
Mas como essa mudança afeta o rendimento de R$ 1 mil investidos? Vamos explorar o retorno dessas três opções e ver qual delas oferece os melhores resultados.
Onde investir com a alta da Selic?
Poupança: vale a pena?
A poupança, popular entre muitos brasileiros, nem sempre é a opção mais vantajosa. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, como agora, o rendimento da poupança fica limitado a 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Com a alta da Selic, esse percentual é fixo, e a TR, que antes estava zerada, deve gerar um pequeno acréscimo. No entanto, comparado a outras alternativas de renda fixa, como o Tesouro Direto e CDBs, a poupança perde competitividade no longo prazo.
Para quem aplicou R$ 1 mil na poupança, o rendimento previsto em um ano seria de R$ 1.070,20, já considerando a variação da TR. Embora pareça seguro, a diferença em relação a outras opções pode ser significativa com o passar do tempo.
Tesouro Direto: mais rentabilidade com segurança
Com a alta da Selic, o Tesouro Direto, especialmente o Tesouro Selic, que segue a taxa básica de juros, ganha destaque. Essa é uma opção indicada para quem busca segurança e rendimento acima da poupança. Ao aplicar R$ 1 mil por um ano no Tesouro Selic, considerando a nova Selic de 10,75%, o retorno seria de R$ 1.096,30 após a dedução do Imposto de Renda, resultando em uma rentabilidade líquida de 9,63%. Mesmo com a tributação, o Tesouro Selic oferece um retorno mais atraente do que a poupança.
CDBs: maior retorno com mais risco
Outra opção que se beneficia com a alta da Selic são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Esses títulos privados oferecem rendimentos atrelados ao CDI, que segue de perto a Selic. Investindo R$ 1 mil em um CDB que paga 103% do CDI, o retorno ao final de um ano seria de R$ 1.099,80, já descontado o Imposto de Renda. Ou seja, um ganho líquido de 9,98%. Esse rendimento é superior ao Tesouro Selic, mas os CDBs podem apresentar um pouco mais de risco, dependendo da instituição financeira emissora.
Qual é a melhor opção?
Com a alta da Selic, as aplicações em renda fixa ficam mais atrativas, mas é preciso avaliar o perfil do investidor. A poupança oferece facilidade e segurança, mas rende menos. O Tesouro Selic equilibra segurança com um retorno melhor, enquanto os CDBs, dependendo da instituição, podem entregar os maiores ganhos. Agora, com a Selic em alta, repensar suas estratégias de investimento é uma ótima ideia para potencializar o rendimento do seu dinheiro.
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