A gestação é aquele período em que o corpo da mulher passa por diversas transformações e, consequentemente, carrega algumas marcas da maternidade. Uma delas é o melasma na gravidez, distúrbio que atinge diversas mulheres neste momento gestacional.
Também conhecido como cloasma gravídico, o melasma na gravidez é comum. Trata-se de manchas escuras na pele, especialmente no rosto, podendo aparecer também no pescoço, colo e braços – áreas mais expostas ao sol.
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“Essas manchas ocorrem devido a alterações hormonais que estimulam a produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Tanto que a mulher gestante também desenvolve aquela linha no abdômen escurecida, a axilas, virilha e a auréola tendem a ficar mais escurecidas”, explica Ana Carolina Sumam, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, à AnaMaria.
Além do fator hormonal da gravidez e do uso de anticoncepcional, o melasma na gravidez pode ter também influência genética. “Isso sugere que certos genes podem predispor uma pessoa ao desenvolvimento do melasma. No entanto, a predisposição genética não é o único fator contribuinte para o melasma: fatores hormonais, exposição ao sol e outros gatilhos ambientais também desempenham papéis importantes no surgimento e agravamento dessas manchas”, diz a médica.
DÁ PARA EVITAR!
Felizmente, o melasma na gestação pode ser evitado. Para isso, é necessário que a mulher evite a exposião excessiva ao sol e à outras luzes.
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“As luzes visíveis, como as emitidas por lâmpadas fluorescentes e dispositivos eletrônicos, podem agravar o melasma. Essas fontes de luz, mesmo não sendo provenientes do sol, podem estimular a produção de melanina na pele, contribuindo para o surgimento ou o agravamento das manchas escuras características do melasma. Portanto, é importante proteger a pele e evitar a exposição prolongada a essas fontes de luz, especialmente para pacientes com melasma”, indica Ana Carolina.
Vale ainda proteger os olhos com óculos de sol, evitar tratamentos agressivos na pele e considerar opções de controle hormonal. Entretanto, o essencial mesmo é usar protetor solar diariamente e com frequência.
“Procure por um protetor solar com amplo espectro de proteção (UVA e UVB) e com fator de proteção solar (FPS) adequado ao seu tipo de pele e às suas atividades diárias. O uso diário e regular de protetor solar é uma das melhores formas de manter a saúde e a beleza da pele a longo prazo”, destaca Ana Carolina.
Fátima Tubini, especialista em dermatologia pela SBD, ressalta que o uso diário do protetor solar previne não apenas o melasma, mas também o câncer de pele e o envelhecimento. “Pode ser utilizado por mulheres na gestação ou mulheres amamentando. E se você tiver que escolher um único antirrugas para utilizar, prefira o protetor solar, porque não adianta você utilizar o melhor antirrugas do mundo se você não proteger sua pele da radiação ultravioleta.”
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DÁ PARA TRATAR TAMBÉM!
O melasma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura. Ainda assim, tem melhora a partir de alguns tipos de tratamento que devem ser adotados na rotina.
“Proteção solar intensa, inclusive com fotoprotetor oral, skincare adequado para cada tipo de pele incluindo clareadores e antioxidantes, e os tratamentos de consultório como laser associado a drug delivery, além dos mais recentes, que são os bioremodeladores teciduais, com efeito antiinflamatório local”, indica Laís Rios, membro da SBD.
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