O tempo de duração ideal do sexo é uma questão que frequentemente gera dúvidas e, até mesmo insatisfação, entre casais. Seja por ser muito rápido, muito demorado ou pela falta de sincronização no clímax, em casais heterossexuais, muitas têm dúvidas sobre quanto tempo os homens duram no sexo. Saiba se existe, segundo a ciência, um tempo ideal e veja dicas para melhorar sua vida sexual!
Por ser um momento íntimo e subjetivo, determinar um tempo ideal para a duração de uma relação sexual é desafiador. Três estudos publicados no Journal of Sexual Medicine ajudam a fornecer uma visão sobre a duração considerada “normal” do sexo heterossexual, feito com base na mediana dos participantes das respectivas pesquisas.
Quanto tempo os homens duram no sexo?
Os estudos analisaram diferentes metodologias e populações amostrais, considerando o tempo desde a penetração até a ejaculação – conhecido como latência da ejaculação – para obter parâmetros mais precisos. Com base nisso, foi possível estimar, aproximadamente, quanto tempo os homens duram no sexo. Confira abaixo o que dizem as pesquisas:
Orgasmo
Uma pesquisa publicada em 2023 buscou entender o tempo necessário para os homens alcançarem o clímax, ajudando a diagnosticar as chamadas dificuldades orgásticas, que podem desencadear até mesmo a anorgasmia, uma condição que ocorre quando um indivíduo tem dificuldade em atingir o orgasmo.
Os pesquisadores descobriram que homens sem problemas de ejaculação chegavam ao orgasmo em média após 11 minutos de penetração. Contudo, aqueles que demoravam mais de 10 minutos relataram maiores dificuldades orgásticas, isto é, questões para atingir o orgasmo.
Outro estudo, de 2020, procurou determinar, em média, quanto tempo os homens duram no sexo. Participantes, tanto homens (heterossexuais, homossexuais ou bissexuais) quanto mulheres, estimaram que a maioria dos homens ejacula em aproximadamente 5 minutos, mas consideraram 10 minutos como a duração ideal, o que indica uma preferência por relações sexuais mais longas.
Duração da penetração
Anteriormente, em um estudo de 2005, foi encontrado como tempo médio desde a penetração até a ejaculação o número de 5,4 minutos. No entanto, houve uma grande variação: alguns casos duraram apenas 0,55 minutos enquanto outros chegaram a 44 minutos.
A idade também representou um fator importante nesta pesquisa. Homens mais jovens, entre 18 a 30 anos, apresentaram uma latência média maior (6,5 minutos) em comparação aos homens acima de 51 anos (4,3 minutos).
Vale destacar que estudos como esses fornecem uma base importante para entender as expectativas e realidades sobre a duração do sexo heterossexual. Mesmo sem um consenso absoluto sobre o “tempo ideal”, esses dados ajudam os casais a compreenderem melhor suas experiências e expectativas.
Número ideal?
Uma pesquisa mais antiga, de 2005, analisou a vida sexual de 500 casais heterossexuais em relacionamentos estáveis e sexualmente ativos, provenientes da Holanda, Reino Unido, Espanha, Turquia e Estados Unidos.
Os participantes utilizaram cronômetros e diários para registrar detalhes das relações sexuais durante um mês. O estudo contabilizou um total de 4 mil relações sexuais cronometradas, com uma média de oito transas mensais por casal.
Sinais de atenção
Além de possibilitar reflexões importantes sobre o desempenho sexual, a ciência, com auxílio de dados como esses, ajuda a identificar possíveis questões que merecem atenção durante as atividades sexuais.
Na pesquisa de 2020, que também trata de quanto tempo os homens duram no sexo, foi estimado que a ejaculação precoce ocorre em cerca de 1,5 minutos após a penetração.
A latência média variou entre 5 e 8 minutos, alinhando-se com a percepção geral sobre a duração típica da ejaculação. Homens com ejaculação precoce autorrelatada estimaram tempos típicos e ideais mais curtos comparados aos sem esse problema.
A ejaculação precoce é o problema sexual masculino mais comum, de acordo com Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e atinge cerca de 30% dos homens no Brasil, podendo afetar diferente faixas etárias. Não existe uma causa específica, mas questões relacionadas a dificuldades psicológicas — como ansiedade, insegurança e timidez — são as mais comuns.
Além disso, o hábito da mastubarção, quando em excesso e feito de maneira muito rápida, pode trazer consequências, mas alguns aspectos físicos também podem contribuir para a ejaculação precoce. Por isso, é importante, aos primeiros sinais, buscar um médico.
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Dicas para melhorar a vida sexual
Independente de quanto tempo os homens duram no sexo, à medida que envelhecemos, nosso corpo passa por várias transformações que afetam diferentes aspectos da vida, incluindo a sexualidade. Atividades cotidianas não são as mesmas aos 20 e aos 50 anos, por exemplo.
Embora essas mudanças físicas possam influenciar a sexualidade, nem todas as consequências do envelhecimento são negativas. A maturidade traz consigo uma melhor comunicação e até menos inibições, o que pode ser uma vantagem significativa na vida sexual.
Por isso, não importa a idade, sempre há maneiras de melhorar a experiência sexual. A Escola de Medicina da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, listou algumas dicas para quem busca tornar o sexo mais prazeroso, veja a seguir:
Conhecimento é fundamental
Há uma vasta quantidade de material de autoajuda disponível sobre problemas sexuais. Procure recursos que se aplicam à sua situação e mantenha-se bem informada. Se achar difícil discutir o assunto pessoalmente, compartilhe passagens relevantes com seu parceiro(a).
Ambiente confortável
Com o envelhecimento, os reflexos sexuais ficam mais lentos e alcançar o orgasmo pode demorar mais. Um ambiente confortável, tranquilo e sem interrupções pode facilitar o processo.
Exploração e inovação
Investir tempo em fazer amor pode levar as novas experiências sexuais. Explorar novas posições não só torna o sexo mais interessante como também pode ajudar a superar alguns problemas físicos.
Lubrificação
A transição para a menopausa muitas vezes causa a secura vaginal, que pode ser aliviada com gel lubrificante, evitando relações dolorosas que podem impactar a libido e causar desconforto no relacionamento.
Contato físico
Abraços e beijos são essenciais para manter vínculos emocionais e físicos, mesmo quando há problemas na cama. Técnicas de contato sensorial podem ajudar a recuperar, sem pressão, a intimidade física.
Fortalecimento muscular
Os chamados exercícios de Kegel são uma opção para fortaler os músculos pélvicos e melhorar a condição física para o sexo. Eles são, basicamente, a contração dos músculos usados para segurar o xixi por dois ou três segundos e depois relaxamento dos mesmo. A indicação geral é que faça cinco séries de dez repetições diárias. Caso o desconforto permanece busque orientação profissional.
Preliminares que importam
Antes do sexo, realize atividades que te acalmem, como sair para jantar ou praticar exercícios de relaxamento, incluindo técnicas de respiração.
Autoconhecimento sexual
Os chamados sex toys, ou seja, brinquedos sexuais ajudam no autoconhecimento sexual. Vibradores, por exemplo, podem ajudar mulheres a se conhecerem melhor sexualmente, permitindo que comuniquem melhor ao parceiro(a) o que lhes agrada.
Se após seguir essas dicas a situação não melhorar, não desespere. Procure um médico ou terapeuta sexual que possa identificar e tratar as causas dos problemas na vida sexual.
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