A decisão sobre querer ou não ter filhos, nunca foi fácil. Para uma mulher, é quase um castigo. Nenhum avanço, seja na sociedade ou na tecnologia (poderíamos citar Claudia Raia grávida aos 55 anos nos dois casos), ainda é suficiente para impedir que a temida pergunta seja feita a você em algum momento: “E o bebê, vem quando?”. Mas para Ana Paula Padrão, a história é diferente.
Ao responder como é ser uma mulher de 58 anos que não se rendeu à pressão de ter filhos, a jornalista contou em entrevista ao PodDelas: “Se eu te disser que nunca fui muito cobrada, você vai achar que eu estou mentindo, porque as mulheres são muito cobradas. A maternidade nunca bateu na minha porta como uma coisa que eu precisasse ter.”
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Quando finalmente decidiu tentar engravidar, Ana Paula Padrão explicou que foi por influência de seu segundo marido, mas ela percebeu que nunca havia sido seu sonho. “No meu segundo casamento, meu marido queria ter. Eu estava ali no ‘deadline’ da natureza. Tentamos, e eu não consegui naturalmente, nem com alguns tratamentos. Aí falei: gente, eu estou inventando um problema que eu não tinha.’”
Arrependimentos… Ana Paula Padrão tem?
Apesar de não seguir o curso da vida, considerado “natural”, a apresentadora diz que não se arrepende da escolha. “Não era meu sonho de adolescente, nunca pensei nisso como uma possibilidade concreta na vida, meus sonhos eram outros. Nunca me fez falta, nunca fui aquela pessoa que ama criança, [que] precisa disso. Pra que eu estou inventando esse problema na minha vida agora?”, lembrou.
Para Ana Paula Padrão, a maternidade é um talento que, nas palavras dela, não nasceu com esse dom. “Como qualquer coisa na vida, a maternidade é um talento. Você pode ter talento pra matemática, pra medicina ou pra ser mãe, e eu acho que talvez eu não tenha esse talento. Acho que a natureza sabe algumas coisas”, brincou.
Ela ainda declara que não se sente menos completa, nem menos feliz com as possibilidades da vida por ter tomado a decisão de não ter filhos. Padrão, inclusive, atribui a falta de exigência para ser mãe à voz ativa e firme que criou ao longo do tempo quanto ao tema: “Não tenho nenhum arrependimento. Talvez por isso eu não tenha sido cobrada como muitas mulheres foram.”
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Por fim, a jornalista fala sobre como a maternidade é uma decisão séria e, por isso, deve ser muito bem planejada. “Se tem dúvida, é porque não tem certeza. Pense e converse muito antes de botar filhos no mundo e se arrepender, assim como pense muito em não ter filhos antes de se arrepender mais tarde de não tê-los tido. Embora eu ache que há outras opções como a adoção”, finaliza.
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