Chegar na melhor idade com vitalidade é um dos maiores desejos de grande parte das pessoas. O avanço da medicina preventiva possibilita que as pessoas tenham velhices cada vez mais ativas e um considerável ganho de qualidade de vida.
Segundo Elodia Avila, médica especialista em rejuvenescimento, idealizadora e apresentadora do podcast ‘O segredo da Longevidade’, estar antenada às descobertas científicas é importante para saber como viver mais e evitar hábitos que, na verdade, mais atrapalham do que auxiliam na busca pela longevidade.
Acompanhar as descobertas científicas sobre os cuidados que promovem a longevidade saudável ajuda a direcionar esforços para práticas comprovadas e eficazes. Métodos sem embasamento tiram o foco do que realmente importa.
Mas como viver mais e com qualidade de vida? Confira a seguir cinco descobertas científicas para alcançar a longevidade.
Sono de qualidade
Um estudo apresentado pelo American College of Cardiology revelou quais boas práticas de sono podem aumentar significativamente a expectativa de vida. São elas: dormir de 7 a 8 horas por noite, ter pouca dificuldade para adormecer e permanecer dormindo, não usar medicação para dormir, e sentir-se descansado ao acordar pelo menos cinco dias por semana.
Os resultados da pesquisa revelaram que pessoas que dormem dentro desses parâmetros vivem mais, com o aumento na expectativa de vida de 4,7 anos para homens e 2,4 anos para mulheres, em comparação com aqueles com um ou nenhum desses hábitos. Além disso, ter uma boa qualidade do sono reduz as taxas de mortalidade por diversas causas, incluindo doenças cardiovasculares e câncer.
Como dormir melhor: mudanças simples na rotina podem fazer milagres pela sua saúde.
Sexo
Manter a vida sexual ativa também é um dos caminhos para viver mais e melhor. Um estudo realizado com idosos por 27 anos encontrou uma associação entre a prática regular de sexo e o aumento da longevidade.
A pesquisa sugere que, além do ato sexual, fatores como interação social, apoio emocional, afeto, autoconhecimento e qualidade de vida desempenham papéis importantes no aumento na expectativa de vida.
Sexo pós 40: Como a maturidade pode contribuir para a vida sexual
Alimentação saudável
De acordo com um estudo publicado em 2022, seguir uma dieta focada em comer menos carne vermelha e processada e mais frutas e vegetais, legumes, grãos integrais e frutos secos pode acrescentar 10 anos na expectativa de vida, especialmente se os hábitos alimentares forem iniciados na juventude.
Mas os mais velhos também podem usufruir dos benefícios de manter uma dieta saudável: conforme destaca o estudo, uma mulher com mais de 60 anos pode incluir até 8 anos em sua expectativa de vida.
Uma dieta saudável significa manter o equilíbrio entre a ingestão de carboidratos, gorduras, vitaminas e fibras. Também é importante evitar excessos, alimentos ultraprocessados, e incluir no cardápio do dia a dia mais alimentos da horta.
Controle do estresse
Quando estamos diante de situações estressantes, o corpo libera uma série de substâncias, como a adrenalina e o cortisol. Embora essa seja uma reação natural do organismo, quando recorrente, esse quadro pode se tornar um problema.
“O estresse crônico tem feito cada vez mais parte das nossas vidas, o que, de acordo com um estudo de Yale, contribui para diminuir anos de vida. Por isso, o controle emocional e regulação do estresse são fundamentais para uma vida mais longe e com mais qualidade”, diz Elodia.
Antiestresse: 7 dicas para uma vida mais equilibrada e tranquila
Manter o peso adequado
O peso adequado para cada biotipo e estilo de vida deve ser avaliado individualmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define obesidade como o acúmulo de gordura no corpo que pode causar riscos à saúde. A obesidade é a 2ª maior causa de óbitos que poderiam ser prevenidos e pessoas com obesidade têm maior risco de ter problemas cardiovasculares como o AVC. Além disso, essa enfermidade pode reduzir a expectativa de vida de 3 a 10 anos.
Elodia alerta que o excesso de peso corporal é indicado por diversos estudos como um fator que contribui para a inflamação corporal, neurodegeneração, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras, que contribuem para reduzir a expectativa de vida.
Leia também:
Sabia que ter um tempo para preguiça te ajuda a viver mais e melhor?