Rapper Diddy, amigo de Beyoncé e Jay-Z, foi preso acusado de tráfico de mulheres. Nos EUA, internautas cobram posicionamento da cantora pop
Publicado em 22/09/2024, às 21h46
Beyoncé se fez na luta a favor das mulheres. Poucas artistas trabalharam tanto a feminilidade e o empoderamento feminino como ela. No "Destiny's Child" ou durante toda a sua carreira solo, Beyoncé cantou sobre liberdade, seus desejos sexuais e, principalmente, sobre a sua autonomia financeira.
Ela utilizou, inclusive, na canção "Flawless" (2014) um trecho de um discurso da escritora africana Chimamanda Nigozi Adichie que trata justamente sobre este tema: o feminismo. Na fala de Chimanda utilizada, é afirmado que "ensinamos as meninas a se encolheram/ para ficarem ainda mais pequenas. Você pode ter ambição, mas não muita".
Ou seja, Beyoncé sempre apoiou publicamente o feminismo.
Entretanto, a cantora se vê agora no meio de um escândalo que coloca em xeque este precioso elemento de sua carreira. Isto porque um amigo pessoal dela e de Jay-Z foi preso nos EUA acusado de tráfico de mulheres e estupro coletivo. Um escândalo que fez o acusado oferecer 50 milhões de dólares à justiça como fiança, o que não funcionou.
O acusado é o rapper Diddy, de quem Jay-Z é amigo desde 1990. Inclusive, no próprio Instagram de Beyoncé, há uma publicação desejando parabéns a Diddy.
Neste contexto, devido à proximidade com o acusado, Beyoncé tem sido questionada nas redes sociais, em especial no "X" e no Tiktok, que dê explicações sobre se sabia ou não dos crimes de seu amigo pessoal.
Inclusive, há teorias da conspiração que sugerem que Jay-Z também tenha participado de ações envolvendo ato sexual coletivo no esquema de Diddy... Por enquanto, isto é somente uma fofoca de rede social.
JAY-Z, uma pedra no sapato...
Não é de hoje que Beyoncé é colocada em saia justa por ações de Jay-Z. Em 2014, Solange, irmã de Beyoncé, deu uma surra no cunhado dentro de um elevador, na saída do Grammy. O motivo? Ela teria descoberto uma traição de Jay e não se controlou ao ver o sofrimento de sua irmã. O tema, aliás, foi um dos pilares do "Lemonade", álbum consagrado que Beyoncé publicou em 2016.
Sendo assim, as ações machistas de Jay aliadas a músicas que falam de traição e rivalidade entre as mulheres já garantiram à dona de "Crazy in Love" o apelido de "militante de vitrine", afinal, como uma mulher tão empoderada pode ser, ao mesmo tempo, tão submissa a um homem?
Somam-se a isso, agora, os crimes de Diddy. Como uma cantora que lutou tanto a favor das mulheres pode ser amiga de um cara que faz tráfico humano? Será que Beyoncé sabia de tudo ? E o Jay-Z, sabia? Ele participou?
As respostas destas dúvidas não são nada boas e podem reduzir Beyoncé, infelizmente, a uma esposa bela, recatada e do lar...
