Sentir dor é um sintoma bastante comum nos dias de hoje, bastando dar uma olhada nas prateleiras das farmácias para ver a quantidade de produtos disponíveis para este fim. Infelizmente, é muito provável que ela ter surgido por não termos cuidado da saúde direito, o que nos leva a tratar de uma doença já instalada. É a chamada dor crônica, ou seja, de longo prazo.
A definição, revisada pela International Association for the Study of Pain (IASP), conceitua a dor como uma experiência sensitiva e emocional desagradável, semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial.
Exatamente por ser tão importante termos consciência corporal, aprendendo a ouvir os sinais do próprio corpo, fui conversar com o fisioterapeuta Ricardo Regi, que é campeão olímpico da seleção brasileira feminina de voleibol e sócio da clínica Reabfisio. Como ele é expert em tratamento de dor, fui pedir dicas preciosas para quem quer se livrar do problema que, hoje, afeta aproximadamente 60 milhões de brasileiros, que sofrem com dor crônica ou persistente.
“Ela é descrita como aquela que dura mais do que o tempo que o corpo geralmente leva para se curar, em geral, menos de três meses. Esse sofrimento constante ataca nossos sentimentos e nossas emoções, nos deixando desanimados, ansiosos e estressados, o que acarreta problemas de relacionamento familiar e social, já que há um enorme receio de que qualquer atividade provocará aumento da dor”, afirma Ricardo.
Segundo o especialista, no passado, por mais estranho que pareça, recomendava-se que as pessoas com dor crônica ficassem em repouso. “Felizmente, após inúmeras pesquisas, hoje a recomendação geral é que se mantenham ativas, pois isso pode amenizar a dor e, concomitantemente, os outros problemas associados”, conta.
Assim, para impedirmos que a dor crônica e persistente nos transforme em coadjuvantes no teatro da vida, é mandatório entendermos o conceito de capacidade e demanda, a fim de que possamos realizar uma escala gradual de exercícios ou atividades aos quais nosso corpo consiga se adaptar.
Para te ajudar nesse processo, separamos 10 dicas para evitar quadros de dores causados pelo novo estilo de vida:
1. Primeiramente, passar por uma avaliação com médico ortopedista;
2. Preparar o corpo para iniciar o dia de trabalho: aquecer e alongar;
3. Ao permanecer na posição sentada, ter o foco na postura, manter a coluna ereta e os dois pés apoiados no chão;
4. Ao trabalhar no computador ou manipular o celular, manter o ângulo cervical em 90º;
5. Manter as amplitudes articulares funcionais durante todo o dia. Ou seja, durante o trabalho, é importante fazer pausar para movimentar o corpo;
6. Ter um programa individualizado de exercícios físicos, cinco dias por semana, que contemple exercícios de alongamento, força e mobilidade articular;
7. Fazer exercícios de mobilidade, estabilidade e ativação antes de qualquer prática esportiva;
8. Manter uma rotina de descanso com o sono reparador de oito horas por noite, mais ou menos;
9. Ter uma alimentação adequada com aporte suficiente de nutrientes, baixo consumo de produtos industrializados e se manter hidratado;
10. Usar calcados apropriados e em bom estado, pois os pês são a base de sustentação do corpo. Pode salto alto? Sim, mas dê preferência ao formato quadrado, para dar mais estabilidade, e salto de até cinco centímetros.
Por fim, não deixe de assistir ao vídeo que preparamos com todo carinho para você! Corra lá nas redes sociais da AnaMaria. Te espero lá!!
*BIANCA VILELA é mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), palestrante e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde in company em grandes empresas por todo o país há mais de 15 anos. Na AnaMaria fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial
