Está pensando em fazer uma viagem internacional em 2025? De acordo com o renomado portal Fodors, existem 15 destinos para não conhecer neste ano, sendo todos cidades famosas ao redor do mundo. O veículo classificou os locais como “deslumbrantes, intrigantes e culturalmente significativos”, agrupando-os na chamada “No List”.
Isso porque esses locais têm enfrentado desafios sérios, especialmente com a pressão que o turismo excessivo impõe às comunidades locais, cujas necessidades são frequentemente deixadas de lado em prol de investimentos voltados para visitantes.
A Fodors destaca que, embora os destinos na “No List” mereçam reconhecimento e apreciação, é fundamental reconhecer os problemas urgentes que surgem com o aumento do fluxo turístico. Segundo a organização, a ideia não é promover boicotes, mas sim chamar atenção para as tensões que o turismo cria nas comunidades e no meio ambiente. O objetivo é garantir que esses locais continuem atraentes e viáveis para futuras gerações.
A seguir, confira a lista com 15 destinos para não conhecer em 2025!
Bali, na Indonésia, e Koh Samui, na Tailândia
Um exemplo marcante é Bali, cuja beleza natural e cultural está sendo ameaçada pelo desenvolvimento desenfreado causado pelo turismo, que está afetando negativamente as paisagens naturais do local.
Já Koh Samui viu o retorno dos números de turistas aos níveis anteriores à pandemia, com 3,4 milhões de visitantes em 2022 e previsões de crescimento entre 10% e 20% para 2024. Especialistas alertam que esse aumento poderá agravar questões preexistentes, como o acúmulo de 200 mil toneladas de resíduos e o crescimento não regulamentado em áreas sensíveis.
Monte Everest
Outro local afetado é o Everest, conhecido por seus nomes locais Sagarmatha, Chomolungma ou Qomolangma. O turismo massivo está não apenas prejudicando o meio ambiente da região, mas também afetando negativamente as comunidades Sherpa. A transformação de pequenas propriedades rurais em estabelecimentos comerciais aumentou drasticamente a geração de lixo na área; estima-se que cerca de 790 toneladas de resíduos sejam produzidas diariamente durante a alta temporada.
Agrigento, na Itália
Além disso, cidades como Agrigento, na Sicília, se preparam para um aumento no turismo devido ao título de Capital Italiana da Cultura em 2025. No entanto, a cidade já enfrenta uma crise hídrica aguda, exacerbada pela escassez de água e pelas mudanças climáticas. Os moradores se veem diante da escassez constante enquanto aguardam por melhorias nas infraestruturas locais.
Ilhas Virgens Britânicas
Em um contexto mais amplo, as Ilhas Virgens Britânicas experimentam um crescimento no turismo que traz preocupações sobre sua sustentabilidade ambiental. O aumento da atividade turística pode intensificar os riscos associados a desastres naturais e comprometer ainda mais os ecossistemas locais.
Kerala, na Índia
No estado indiano de Kerala, os números de turistas alcançaram um recorde em 2023 com 21,8 milhões de visitantes nacionais e 649 mil estrangeiros. Embora esse fenômeno represente uma contribuição significativa para a economia local — cerca de 10% do PIB do estado — também está começando a causar impactos negativos nesse cenário antes preservado.
Kyoto e Tóquio, no Japão, e Oaxaca, no México
No Japão, o termo “Kankō kōgai”, traduzido como “poluição turística”, reflete um crescente descontentamento com o influxo de turistas estrangeiros. Moradores expressam sua frustração com a superlotação e o descaso com as tradições locais. Esse sentimento ressoa também em Oaxaca, onde a cultura local está sendo comercializada sob forte pressão turística.
North Coast 500, na Escócia
A rota NC500 na Escócia, projetada para estimular a economia local ao destacar suas belezas naturais, acabou trazendo congestionamentos severos que afetam tanto visitantes quanto residentes permanentes.
Barcelona, Maiorca e Ilhas Canárias, na Espanha, e Veneza, na Itália
Cidades icônicas como Barcelona e Veneza também lutam contra as consequências do turismo desenfreado. Enquanto moradores protestam contra taxas e políticas que favorecem turistas em detrimento das necessidades locais, o valor dos aluguéis disparou em áreas saturadas por visitantes.
Portanto, fica claro que o turismo excessivo apresenta desafios complexos que exigem uma reflexão profunda sobre como gerenciar esses destinos icônicos. É imperativo encontrar um equilíbrio entre atender às expectativas dos turistas e proteger os interesses das comunidades locais para garantir um futuro sustentável para todos os envolvidos.
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