Em tempos de estresse e excesso de estímulos, encontrar uma atividade que acalme a mente e traga sensação de propósito pode ser um verdadeiro refúgio. Entre as práticas que ganharam força nos últimos anos, especialmente após a pandemia, o crochê vem se destacando não apenas como arte ou fonte de renda, mas como uma forma eficaz de cuidar da saúde mental.
Conhecida há séculos, essa técnica artesanal de entrelaçar fios com uma agulha em formato de gancho vem sendo adotada como terapia complementar, a chamada crochêterapia. Os movimentos rítmicos e repetitivos ajudam a desacelerar o pensamento e a manter o foco no presente, promovendo relaxamento e bem-estar.
Crochetar é meditar com as mãos
Pesquisas internacionais, como a conduzida pela arteterapeuta Betsan Corkhill, no Reino Unido, mostram que pessoas que tecem com frequência – cerca de três vezes por semana – relatam sentir-se mais calmas, confiantes e felizes. O ato de criar algo com as próprias mãos desperta o mesmo estado de concentração e presença observado em práticas meditativas, mas de maneira natural e acessível.
Durante o processo, o cérebro reduz o ritmo acelerado de pensamentos e libera substâncias associadas à sensação de prazer e tranquilidade, como a serotonina e a dopamina. Por isso, a crochêterapia tem sido indicada como uma ferramenta auxiliar no tratamento de ansiedade e depressão.
Criar algo do zero traz propósito e autoestima
Além do efeito calmante, o crochê estimula a autoconfiança. Ver uma peça ganhar forma. ponto após ponto. provoca uma sensação genuína de orgulho e satisfação. Finalizar um projeto, por menor que seja, reforça o senso de capacidade e propósito. Essa percepção é um dos pilares mais importantes da saúde emocional.
A neurociência tem mostrado que esse tipo de atividade estimula regiões cerebrais ligadas à memória, criatividade e recompensa, o que contribui para uma melhora no humor e na autoestima.
Aprendizado e expressão pessoal
O crochê também é uma forma de expressão. Escolher cores, texturas e formatos torna o processo criativo uma experiência única. E, para quem deseja dar os primeiros passos ou aperfeiçoar a técnica, há opções de cursos que unem aprendizado e relaxamento.
Um exemplo é o Curso Crochê Tunisiano de Verão, da artista Amora Amorinha, com inscrições abertas até 27 de novembro. O programa reúne mais de 50 videoaulas que ensinam desde os pontos básicos até técnicas de modelagem e cálculo de tamanhos. Entre as criações, estão kimonos, bolsas, blusas cropped e outras peças ideais para o verão.

Mais do que uma atividade manual, o crochê é uma ferramenta para desacelerar, desenvolver paciência e reconectar corpo e mente. Entre um ponto e outro, quem se entrega à prática descobre uma forma simples e poderosa de aliviar o estresse – e, de quebra, ainda cria algo bonito e único.
Resumo:
O crochê tem se mostrado uma prática terapêutica eficaz para reduzir o estresse, melhorar o foco e aumentar a autoestima. Pesquisas comprovam seus benefícios emocionais.
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