Ondas de calor, alterações de humor, insônia e secura vaginal: esse são só alguns dos sintomas da menopausa. O processo é natural, mas ainda assim muito temido pelas mulheres, principalmente pelos efeitos no bem-estar e a qualidade de vida. É quando entra o yoga.
Durante o período, que geralmente se inicia entre os 45 e 55 anos, muitas mulheres buscam alternativas para amenizar os impactos. Mas como o yoga e a menopausa se relacionam, e como essa atividade pode ajudar a aliviar esses desconfortos?
A professora de yoga Bruna Tiboni Kaiut, especializada no Método Kaiut Yoga, explica a importância da prática regular da atividade. Segundo ela, o yoga não apenas melhora a saúde física, mas também atua como uma poderosa ferramenta para o equilíbrio emocional e mental.
“A prática regular de yoga é muito importante para as mulheres, mas em algumas fases ela tem um destaque mais especial, como é o caso da menopausa, quando o yoga ajuda a aliviar sintomas como o estresse, sono e desequilíbrios hormonais”, explica Bruna.
Como o yoga age durante a menopausa?
A chave para entender como o yoga e a menopausa se relacionam está em sua abordagem holística. O yoga não atua apenas no físico, mas também promove um estado mental mais calmo, algo essencial em uma fase marcada por flutuações hormonais intensas.
Técnicas como asanas (posturas), pranayama (respiração) e meditação são fundamentais para ajudar a mulher a passar por essa transição de maneira mais tranquila. Pensando nisso, Bruna Tiboni Kaiut destaca 5 dica do yoga para a menopausa:
1. Mudanças no Estilo de Vida
O yoga é mais do que uma prática de alongamento e posturas. O exercício traz uma série de transformações no estilo de vida. A alimentação saudável, o respeito aos ciclos naturais do corpo e a prática regular de atividades físicas são mudanças que se tornam especialmente importantes durante a menopausa.
“O yoga é uma prática integral e, por isso, traz uma série de mudanças no estilo de vida, como a melhora na alimentação, prática de atividades físicas e respeito aos ciclos de sono, que são particularmente importantes durante a menopausa”, acrescenta a especialista.
2. Respiração e controle emocional
As oscilações de humor e ansiedade são alguns dos principais desafios enfrentados pelas mulheres na menopausa. O yoga oferece técnicas respiratórias que ajudam a controlar o estresse e regular as emoções. “O yoga traz técnicas respiratórias que ajudam no controle do estresse, ansiedade e regulação emocional”, explica Bruna.
Uma prática simples sugerida por ela é a respiração abdominal: “Sente-se, coloque uma mão no abdômen e inspire pelo nariz, expandindo o abdômen. Expire lentamente e relaxe.”
3. Asanas para o bem-estar físico
Os asanas, as posturas físicas do yoga, desempenham um papel importante no alívio dos sintomas físicos da menopausa, como as ondas de calor e a insônia. Além disso, essas posturas ajudam a fortalecer a musculatura, melhorar a mobilidade e a postura, beneficiando também o sistema cardiovascular.
“Os asanas aliviam o estresse, melhoram a mobilidade, fortalecem os músculos e a postura, além de reduzir sintomas como ondas de calor e insônia”, ressalta a professora.
4. Meditação e sono de qualidade
A meditação é uma prática milenar dentro do yoga que oferece diversos benefícios, principalmente o controle emocional e o alívio da ansiedade. Mas, além disso, a meditação também pode melhorar a qualidade do sono, outro fator importante durante a menopausa: “A meditação no yoga ajuda principalmente no controle emocional, mas também é importante para melhorar o sono e ajudar a lidar com as ondas de calor”, diz Bruna.
5. Fortalecimento do Core
O core, que inclui a musculatura do abdômen, costas e pélvis, desempenha um papel crucial na estabilização do corpo e da coluna, especialmente durante a menopausa. Posturas específicas no yoga focam no fortalecimento dessa região, o que contribui para uma melhora no equilíbrio e na redução de dores.
O core é uma parte do corpo muito envolvida nos processos da menopausa e, por isso, fortalecê-lo ajuda a reduzir os sintomas”, explica Bruna, enfatizando a importância de posturas que foquem na musculatura do quadril e da pélvis.
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