Colocar um filme antes de dormir pode parecer um jeito agradável de relaxar, mas o efeito no organismo vai muito além do entretenimento. A luz emitida pelas telas e a intensidade das cenas mantêm o cérebro em alerta, comprometendo o sono profundo e trazendo reflexos em várias funções do corpo.
Como o cérebro reage
Quando assistimos a um filme, o cérebro permanece em estado de atenção. Mesmo que a pessoa adormeça com a televisão ligada, sons e imagens continuam estimulando as áreas cerebrais responsáveis pela vigília. Isso atrapalha os ciclos de sono, reduzindo o tempo de descanso profundo, etapa essencial para recuperação física e mental.
Interferência nos hormônios
A exposição à luz das telas à noite diminui a liberação de melatonina, hormônio que regula o sono. Ao mesmo tempo, há aumento da produção de cortisol, associado ao estresse. Esse desequilíbrio faz com que o corpo permaneça desperto justamente no momento em que deveria relaxar.
Coração e pressão em risco
A tensão de determinadas cenas e a estimulação contínua também podem impactar o sistema cardiovascular. O aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial é uma resposta natural ao estado de alerta, mas quando isso se repete noite após noite, pode contribuir para problemas de saúde a longo prazo, como alterações na glicose e no metabolismo.
Pesadelos e fadiga ocular
Outro efeito comum é a maior incidência de sonhos agitados ou pesadelos, já que o cérebro não chega a “desligar” por completo. Para completar, assistir em ambientes escuros aumenta a fadiga ocular, causando desconforto temporário e sensação de vista cansada.
O que fazer para melhorar
Especialistas sugerem criar um ritual noturno mais tranquilo: deixar filmes e dispositivos de lado ao menos uma hora antes de deitar, apostar em leituras leves sob luz suave, alongamentos ou exercícios de respiração. Essas práticas ajudam a preparar corpo e mente para um descanso de qualidade, sem atrapalhar o funcionamento natural do organismo.
Resumo:
Ver filmes antes de dormir pode parecer inofensivo, mas compromete a produção de melatonina, mantém o cérebro em alerta, aumenta riscos cardiovasculares e causa fadiga ocular. Substituir esse hábito por atividades relaxantes ajuda a garantir um sono mais reparador.
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Fonte: Matéria publicada originalmente na Bons Fluidos