Tatá Werneck abriu uma caixinha de perguntas no Instagram, na última quarta-feira (26), e pediu que os seguidores a distraíssem durante a longa viagem de carro do Rio de Janeiro a São Paulo. Durante a conversa, a atriz confessou que não realizou o trajeto de avião, porque tem pânico de voar.
Assim como Tatá, muitas pessoas sofrem de aerofobia, nome dado ao medo de voar de avião, helicóptero e outros veículos aéreos. Segundo Paloma Carvalhar, psicanalista da Academia Enlevo, o problema pode estar relacionado a diversos motivos, dependendo da simbologia que desperta no indivíduo.
Acontece que, quando ele causa prejuízos funcionais à vida, impedindo de realizar atividades básicas como trabalhar e outras funções do dia a dia, é necessário buscar ajuda profissional para determinar um tratamento adequado.
O MEDO
Antes de entender a aerofobia, é importante falar de medo. Conforme a médica, esta é uma sensação gerada a partir de uma situação de perigo, sendo uma resposta a um alerta do corpo. “Vai muito além de uma insegurança, porque dispara diversos sintomas pelo corpo, como aumento de adrenalina, disparo dos batimentos cardíacos e sudorese”, explica.
Já o medo de voar de avião está relacionado aos significados que o voo causa na pessoa quando negativos, desde a falta de controle da situação desconhecida até o desconforto em estar num lugar fechado com muitas pessoas.
“A gente tem diversas explicações psicológicas que precisam ser investigadas de acordo com cada um, para entender qual é o seu histórico, as associações feitas ao pensar em voar, os gatilhos e o que tudo isso desperta”, esclarece Carvalhar.
TRATAMENTO
Antes de buscar um tratamento, é preciso compreender o prejuízo que esse medo causa em quem é afetado por ele, as questões psicológicas por trás, qual a sua frequência e o nível dos sintomas.
“Quando falamos de aspectos psicológicos e emocionais, não existe uma fórmula matemática. Cada indivíduo é realmente único, de acordo com o seu histórico e suas perspectivas de vida”, afirma a especialista.
Um acompanhamento com profissionais da saúde mental, tanto no aspecto psiquiátrico quanto no terapêutico, com um psicólogo ou psicanalista, deve ser realizado. Eles farão uma avaliação sobre a gravidade do quadro e determinarão se é necessário um tratamento a curto, médio ou longo prazo, com ou sem medicamentos.
“Precisa de uma análise bem individual e personalizada, que investigue todas as causas psíquicas, num aspecto físico-químico, se existe, por exemplo, um quadro de ansiedade, quais são as associações psicológicas que esse indivíduo faz no que diz respeito a voar de avião”, completa Paloma. (Com supervisão de Vivian Ortiz)