Quantos copos de água você já tomou hoje? Provavelmente, muito menos do que se estivéssemos no verão (e olha que os dias já estão quentes). Para que nosso organismo continue trabalhando do jeito certo, é necessário dar uma atenção especial a esse consumo – ainda que a sede não se mostre tão intensa. É que algumas doenças costumam dar as caras justamente porque nos esquecemos de hidratar o organismo como deveríamos. Veja só!
Afinal, qual a quantidade certa?
Marcelo Rodrigues, clínico geral da rede Dr. Consulta, alerta: “A recomendação da Organização Mundial da Saúde para países tropicais (como é o caso do Brasil) é que as pessoas bebam pelo menos 42,9 ml de líquido para cada quilo na balança. Ou seja, se um adulto saudável pesa 70 kg, deve ingerir no mínimo 3 litros de água diariamente”. O médico ainda explica que esse número sobe durante o verão ou diante de outras especificidades, como no caso das mulheres grávidas ou de quem pratica esportes com frequência.
A conta é simples!
Seu peso 70 x Recomendação da OMS 42,9 = 3003 ml (total de líquido por dia)
Sinais de alerta: está na hora de beber água!
Nosso corpo costuma mandar alguns recados quando a ingestão não anda suficiente. Confira uma lista dos principais e corrija seus hábitos agora mesmo!
➧ Boca seca, sensação de língua áspera e até uma secreção branca acumulada próxima aos lábios.
➧ Mau hálito.
➧ Passar mais de oito horas sem urinar.
➧ Urina mais escura do que o normal.
➧ Pele fria e com aspecto ressecado.
➧ Fome de madrugada. Na realidade, a sede pode estar sendo confundida com a sensação de estômago vazio. Experimente beber alguns goles de água antes de atacar a geladeira.
➧ Graças à secura dos olhos, nas crianças e idosos o choro pode vir desacompanhado de lágrimas.
As complicações mais comuns
Além desses sinais, outros incômodos podem surgir conforme a desidratação se agrava:
➧ Queda da pressão arterial, geralmente acompanhada por tontura e mal-estar.
➧ Intestino preso, causado pelo ressecamento das fezes.
➧ Baixa imunidade. A água contém sais minerais, componentes importantes no combate às doenças.
➧ Dores nas articulações, principalmente ao realizar atividades físicas.
➧ Dores de cabeça, uma vez que o cérebro pode ficar sobrecarregado.
➧ Câimbras provocadas pela baixa quantidade de sódio no organismo.
➧ Fadiga, já que a desidratação dificulta o transporte de oxigênio e nutrientes, deixando o corpo fraco.
Doenças que podem surgir com o tempo
Ignorar os sinais de que algo vai mal é um perigo! Isso porque, a longo prazo, outras áreas do corpo podem ser afetadas, gerando problemas mais sérios para a saúde:
INFECÇÕES URINÁRIAS
O rim, órgão responsável por filtrar o sangue, produz pouco xixi. Com isso, a vontade de ir ao banheiro diminui, e a urina parada na bexiga é um prato cheio para a proliferação de bactérias. Se por algum motivo seguramos a vontade, o efeito é potencializado!
“O número de mulheres que desenvolve a doença por não se hidratar corretamente é muito grande”, garante o especialista. O tratamento é feito com medicamentos fortes, como antibióticos. Então, o melhor mesmo é prevenir o problema bebendo a quantidade certa de água, e esvaziando a bexiga várias vezes por dia (hábito que funciona como uma “faxina” na região).
PEDRAS NOS RINS
A baixa ingestão de líquidos aumenta a concentração de impurezas na urina, o que eleva as chances de formação de cristais, semelhantes a grãos de areia. Caso esses grãos não se dissolvam, eles podem se juntar a outros, formando um cálculo renal – que pode causar dores intensas e até entupimento do canal por onde urinamos. “O fator genético também contribui para o aparecimento
do problema. Portanto, se há casos na família, o cuidado deve ser redobrado”, avisa o clínico.