“Como faço para saber se, diante de um sintoma, devo correr para o pronto atendimento ou esperar e agendar uma consulta com um médico?”
M. B., por e-mail
De maneira geral, a população tem muitas dúvidas sobre quando esperar ou quando ir diretamente ao pronto-socorro. Logicamente, no meu consultório não é diferente. Ou seja, aparecem muitos pacientes com essa mesma dúvida. No entanto, infelizmente, não existe uma regra muito clara em relação a correr para a emergência ou agendar uma consulta com o médico. Afinal, cada sintoma tem o seu sinal de alarme. E, muitas vezes, a população leiga não consegue identificá-los. Para uma triagem inicial, como critério
objetivo, considere se algo teve início ou piora recente nas últimas 24 ou 48 horas. Pois se estamos diante de algo com evolução
mais arrastada, podemos esperar e agendar uma consulta com um especialista. Já entre os sintomas considerados como mais urgentes e que exigem que você vá direto ao pronto atendimento estão:
❱ Dor no peito;
❱ Dificuldade para falar ou movimentar alguma parte do corpo;
❱ Dor abdominal intensa (se não acompanhada de diarreia);
❱ Vômitos com sangue ou de difícil controle;
❱ Fezes com sangue vivo ou digerido (aparência de borra de café);
❱ Queda com suspeita de fratura;
❱ Alteração da consciência.
E a febre? Avalie caso a caso. Ela tende a representar uma infecção, mas não é um sinal de extrema gravidade. Tanto uma infecção
generalizada que requer antibióticos como uma infecção de garganta podem causar febre.
Dica do bem
A Cruz Vermelha Brasileira disponibiliza cursos de primeiros socorros, sendo que o básico tem duração de quatro horas. Veja no site:
cruzvermelha.org.br/pb/.
PAULO CAMIZ é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto Mente Turbinada, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br
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