Morreu Isabella Oliveira, aos 21 anos, no último sábado (2). A jovem era bailarina de Claudia Leitte e faleceu durante um ensaio. De acordo com o namorado da jovem, Gabriel Genain, nas redes sociais, a causa da morte foi uma parada cardíaca, possivelmente ligada ao lúpus. Mas, afinal, lúpus causa parada cardíaca?
Em um depoimento no Instagram, Gabriel destacou o amor e dedicação de Isabella pela dança, atividade à qual ela se entregava completamente. Apesar dos esforços médicos para reverter a parada cardíaca, a tentativa foi em vão.
O que é lúpus?
O lúpus é caracterizado como uma enfermidade autoimune e inflamatória que pode comprometer diversos órgãos e tecidos corporais, incluindo o coração. Dados do Manual MSD indicam que entre 70% a 90% dos casos ocorrem em mulheres em idade fértil.
Esta condição pode se manifestar de forma lenta e progressiva ou, por vezes, abrupta e severa. Os primeiros sintomas são frequentemente variados e inespecíficos, complicando o diagnóstico precoce. Isso porque os sinais iniciais não costumam surgir simultaneamente, sendo comum que o lúpus se desenvolva ao longo de meses ou até anos.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia utiliza o exame FAN positivo – que detecta anticorpos atuando contra o próprio organismo – como critério para diagnosticar lúpus. No entanto, outros fatores devem ser considerados para confirmar a doença, incluindo manifestações em sistemas hematológico, cutâneo, neurológico e nas mucosas.
Lúpus causa parada cardíaca?
Sim, o lúpus pode causar diversas complicações cardíacas. Entre elas está a cardite lúpica, uma inflamação do coração que pode levar à insuficiência cardíaca. O lúpus também pode afetar as artérias coronárias, elevando o risco de trombose e infarto – uma condição conhecida como arterite lúpica.
Tais complicações cardíacas podem ser cruciais para o diagnóstico do lúpus e parecem ter desempenhado um papel significativo no caso de Isabella, bailarina de Claudia Leitte.
Embora não haja cura para o lúpus, a condição pode ser controlada com medicamentos que ajudam a prolongar períodos de remissão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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