Lucas Lima contou, na última quinta-feira (7), que passou por uma cirurgia para a remoção de um cisto na boca. Ele explicou que o problema surgiu em volta dos seus dentes do siso, que estavam gigantes e causavam muitas dores no músico.
Assim como Lucas, muitas pessoas removem os sisos. Segundo o cirurgião dentista Edson Rodrigues de Paula Neto, da Clínica All Smiles, a remoção auxilia nos casos em que os pacientes não têm o tamanho de mandíbula adequado e o siso acaba ficando incluso ou inclinado.
Acontece que, ao redor desses dentes, pode haver a formação de cistos. Por isso, o acompanhamento com um profissional é importante, além da realização de radiografias periódicas e o controle para que o diagnóstico seja precoce.
IMPORTÂNCIA DA REMOÇÃO
Retirar os dentes do siso pode evitar diversos problemas. “Previne o acúmulo de comidas, a reabsorção da raiz do segundo molar – o dente da frente –, evitando que o paciente tenha que retirar os dois dentes, e o aparecimento de cáries quando o dente estiver inclinado”, ressalta o especialista.
Além disso, os “dentes do juízo” podem causar inflamações e infecções gengivais quando ainda não cresceram totalmente. Isso porque a gengiva cobre uma parte deles, permitindo o acúmulo de sujeira e causando dor. Dependendo do grau da infecção, ainda existe o risco das bactérias migrarem para a corrente sanguínea e afetarem a saúde do paciente sistematicamente.
FORMAÇÃO DE CISTOS
De acordo com Rodrigues, os cistos aparecem quando o siso ainda está totalmente incluso na gengiva. Eles são resultados da proliferação de restos de tecidos epiteliais, responsáveis pela formação das estruturas dentárias, e agravam o quadro de inflamação.
“Quando o siso não nasce, pode ter um pequeno acúmulo desses restos na região, que vão se proliferando e podem formar os cistos. Eles acabam envolvendo toda a coroa ou o dente que está ali incluso”, esclarece.
CIRURGIA
A remoção dos dentes e dos cistos é feita por meio de uma cirurgia. O especialista em próteses e implantodontia conta que é feita uma avaliação no paciente para determinar o momento mais propício para a realização do procedimento.
“Muitas vezes, indicamos a remoção precoce. Se a gente tirar antes, até os 18 anos do paciente e quando ainda não há a formação total das raízes, facilita um pouco todo o processo”, ressalta.
O quadro de saúde do indivíduo é analisado como um todo e, se o siso estiver inflamado, é usada uma medicação ou feito um procedimento prévio para cessar a inflamação antes da cirurgia.
“Ela é realizada, geralmente, através de técnicas onde o dente é dividido para ser retirado de maneira mais fácil, sem causar tanta dor, inflamação ou inchaço após o procedimento” completa Edson, acrescentando que anestésicos potentes são utilizados para que a pessoa tenha bastante conforto, tanto durante como após a intervenção cirúrgica.