Em 2025, o Brasil registrou 504 mortes por dengue, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Esses dados, referentes ao período de 1º de janeiro a 29 de março, são provisórios. Comparado ao mesmo período de 2024, houve uma redução significativa de 83,3% no número de óbitos, quando foram contabilizadas 3.028 mortes. No entanto, em relação a 2023, que teve 425 mortes no primeiro trimestre, houve um aumento de 18,5%.
O estado de São Paulo foi o mais afetado, com 365 mortes, representando 72,4% do total nacional. Em 2024, São Paulo havia registrado 767 mortes no mesmo período, um aumento de 52,4%. O governo estadual está realizando uma força-tarefa para combater a dengue, priorizando as cidades com maior incidência da doença. Medidas incluem o aumento do financiamento para internações, aquisição de equipamentos de nebulização e medicamentos essenciais para o tratamento.
Quais são os estados mais afetados pela dengue?
Além de São Paulo, os estados do Paraná e Minas Gerais também registraram números expressivos de mortes por dengue, com 31 e 30 óbitos, respectivamente. A situação nesses estados reflete a necessidade de ações coordenadas para controlar a disseminação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Especialistas destacam que a epidemia de dengue em 2025 se assemelha a surtos anteriores, mas os números continuam alarmantes. A pesquisadora Bárbara Aparecida Chaves, do Instituto Todos pela Saúde, ressalta que, apesar de ser uma doença conhecida, ainda há mortes que poderiam ser evitadas com medidas preventivas e vacinação.
Como prevenir a dengue e reconhecer seus sinais de alerta?
A prevenção da dengue envolve eliminar criadouros do mosquito, como recipientes com água parada. Limpar calhas, tampar caixas d’água e usar telas de proteção em janelas são algumas ações essenciais para prevenir a proliferação do vetor. Além disso, o uso de repelentes e roupas que cubram o corpo, principalmente durante o dia, pode ajudar a reduzir o risco de picadas.
É crucial estar atento aos sinais de alerta da doença. Sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos em mucosas são indicativos de que a dengue pode se agravar. Procurar atendimento médico rápido é essencial para evitar complicações.
O professor Kleber Luz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, explica que a incidência da dengue varia conforme a região e o período do ano. No Norte, a doença tende a aumentar no segundo semestre, enquanto no Nordeste, Sudeste e Sul, é mais prevalente no primeiro semestre.
Quais são os sintomas da dengue e quem está em maior risco?
Os sintomas clássicos da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, dores articulares, coceira e erupções na pele. Em casos graves, os sintomas podem piorar após a febre, com sinais de alarme como náuseas, vômitos e tontura. Gestantes, idosos, crianças pequenas, doentes crônicos e imunossuprimidos estão em maior risco de complicações.
Para auxiliar na prevenção, campanhas de conscientização sobre a importância de eliminar focos do mosquito e reconhecer os primeiros sintomas da doença são fundamentais. Não há tratamento específico para a dengue, mas repouso e hidratação são cruciais. A conscientização sobre os sintomas e a busca por atendimento médico são passos cruciais para reduzir o impacto da doença no Brasil.
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