O HPV corresponde a um conjunto de vírus chamado papilomavírus humano. Sua transmissão se dá pelo contato da pele ou mucosa com a área infectada, sendo que uma das principais formas de contágio é através do ato sexual, mas não necessariamente por meio da penetração, pois a lesão pode estar em outras partes do corpo, como as mãos.
Estima-se que 80% das pessoas sexualmente ativas poderão contrair o HPV antes dos 45 anos, explica a enfermeira especialista em imunização, Elis Camara, proprietária da clínica Elis Vacinas em São José dos Campos (SP). Ela conta que existem mais de 200 tipos de HPV.
“A doença se manifesta por meio de verrugas genitais (ou condilomas) ou de forma mais grave, como o câncer. Existem pelo menos 14 tipos de HPV que podem causar o câncer”, ressalta. O HPV nos homens é responsável por mais de 90% dos casos de câncer de ânus e cerca de 63% dos casos de câncer de pênis.
“Já nas mulheres, 100% dos casos de câncer de colo de útero são causados pelo HPV, 75% câncer de vagina e 69% câncer de vulva. Além dos casos de câncer de boca e orofaringe, que também ocorrem em ambos os gêneros de forma considerável pelo HPV”, afirma.
COMO PREVENIR O HPV?
Podemos prevenir o HPV de três formas: educação, pois informação segura aumenta conscientização da população para diminuir a incidência da doença, o uso dos preservativos (internos ou externos) para diminuir a exposição, embora não consiga eliminar a possibilidade de infecção da doença. No entanto, a principal, mais segura e eficaz forma de prevenção é a vacinação!
A vacina disponível no Brasil atualmente é a HPV Quadrivalente, que previne contra 2 sorotipos causadores das verrugas genitais (ou condilomas), os tipos 6 e 11, e protege também contra dois sorotipos das formas graves de câncer, os 16 e 18.
“A vacina está disponível gratuitamente na rede pública para crianças e adolescentes, meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, e nas clínicas privadas de vacinação está disponível para toda a população, de ambos os sexos, de 9 até 45 anos, segundo a nota técnica recente emitida pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em 2022”, conta Elis.
Pessoas em situações especiais de saúde podem ser imunizadas gratuitamente através dos CRIES (Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais), por exemplo: pacientes portadores do HIV/Aids, transplantados, pacientes oncológicos, entre outros.