Você já passou por um luto? Já perdeu alguém que ama muito? O que aprendeu com a experiência? A verdade é que ninguém está preparada para enfrentar a perda de uma pessoa amada, seja filho, esposa, amigo, etc. E, por mais difícil que seja, é sempre bom compartilhar a forma que lidamos com a perda, pois podemos ajudar outras pessoas em um momento tão doloroso e difícil.
Há 4 meses perdi meu querido companheiro, o Nelson. E, apesar do tempo estar passando, parece que foi ontem. A dor de perder quem amamos sangra, sendo muito devastadora!
Infelizmente, em nossa sociedade, ainda é um tabu falar sobre morte e luto. Ninguém nos ensina em casa, na escola ou em outro lugar a lidar com as perdas. Aos 17 anos, perdi meu pai, agora meu marido… Não é nada fácil enfrentar a dor da morte de quem amamos.
Eu sinto imensa saudade de ter a presença dele na minha vida: do seu sorriso, cheiro, abraço de “urso”, olhar carinhoso, voz, beijo, do tempero da sua comida, das cantorias no karaokê, das danças na sala, das piadas, da sua alegria de viver. Sinto saudades do meu companheirão e eterno melhor amigo.
Apesar da enorme falta que ele me faz, tenho buscado, aos poucos, aceitar a perda, me reconhecer e começar a dar um novo sentido para a minha existência. Entendo que o processo e tempo de luto é subjetivo, único para cada um. Mesmo assim, resolvi compartilhar 3 aprendizados que têm me auxiliado a lidar com o luto:
1) Permita-se vivenciar seu sofrimento
Sem dúvida, a dor do luto da pessoa amada é uma das mais difíceis de experienciar. A verdade é que ninguém está pronto para lidar com ela. No entanto, o que fazer quando temos que enfrentar a morte de quem amamos? Eu respondo: é essencial se permitir viver o luto de verdade. Tenho me permitido falar, desabafar, chorar quando tenho vontade. Não ignoro essa “fase” e meu sofrimento.
2) Respeite seu processo e tempo
Tenho consciência que o processo de “cicatrização” luto pode nunca passar. Ele demora e varia de pessoa para pessoa. Por isso, respeito meu processo, tempo e vivência do luto. Não sou especialista no assunto, mas, como psicóloga, sei que o primeiro ano pode ser pior para a maioria das pessoas. E que vivenciar as primeiras datas especiais, como Natal, Ano Novo ou aniversário sem a presença dela pode ser um martírio, trazendo muitas lembranças, dificuldade e sofrimento.
3) Faça terapia
A terapia oferece um espaço neutro, útil e fundamental para expressar nossos sentimentos relacionados ao luto, angústia, tristeza e saudade. Além disso, pode ajudar a encarar o processo, a compreender os sentimentos e a absorver a experiência.
*LEKA OLIVEIRA é psicóloga, empreendedora, produtora de conteúdo e influencer madura. Na Revista AnaMaria apresenta, especialmente para as mulheres maduras, dicas de moda, beleza, autoestima e outras coisas mais. Iinstagram: @lekaolliveira