Camila Silva desabafou na web sobre a violência que mulher sofreu por participante da escola
Da Redação Publicado em 23/01/2019, às 09h17 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46
A rainha de bateria da escola de samba Vai-Vai, Camila Silva, se pronunciou sobre a agressão que uma mulher sofreu de seu ex-marido, Anderson Roberto, durante um ensaio da escola de samba. O acusado é um dos diretores da agremiação.
A agressão aconteceu durante o ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi, na madrugada do último domingo (20). O vídeo do acontecimento está repercutindo na web. Em seu perfil no Facebook, na última terça-feira (22), Camila afirmou que demorou para se manifestar porque queria estar calma para escrever. Ela conversou com mulheres sobre a bandeira do feminismo.
"Quem só me vê sambando, talvez esqueça que além de Rainha de Bateria, sou uma mulher como qualquer uma que me acompanha, sou esposa, sou amiga, sou filha e acima de tudo sou MÃE! Mulheres que sofrem violência doméstica DENUNCIEM, FAÇAM B.O", alertou.
A rainha de bateria disse ainda que, nos últimos anos, aprendeu sobre empoderamento feminino. "Saber que a dor do outro não é mimimi, deve ser respeitada e na medida do possível dar sua mão para ajudar a combater o mal é sua obrigação com seus iguais."
SEM MEDO
Ela ressaltou a importância de denunciar agressões e lembrou do número de feminicídios que já ocorreram em 2019. "Sem medo, afinal somente em 2019 com 22 dias, mais de cem mulheres já vítimas de feminicidio", disse.
Camila falou também sobre a escola de samba que representa. "A força que a Vai Vai tem neste momento justamente falando sobre o Empoderamento do negro e principalmente da mulher negra, não se calará. Sou mulher preta, vim da periferia, sou sambista, sou CAMILA SILVA e minha força vem da minha fé!"
A rainha de bateria ainda agradeceu pelas mensagens de carinho. "Vamos à luta! Mulheres a denúncia de seu agressor é um passo para a sua liberdade!"
A Vai-Vai afirmou que o autor das agressões está afastado de qualquer atividade da escola e que, com relação à vítima, não medirá esforços para que ela “fique bem e tenha todos os meios para garantir e legitimar os seus direitos”.
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