Crônica da Xênia: Lugarzinho sagrado é a casa! - Shutterstock

Crônica da Xênia: Lugarzinho sagrado é a casa!

O que suas paredes diriam se pudessem falar? Nosso canto absorve a nossa energia...

Xênia Bier Publicado em 03/11/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

Cara leitora, não durmo antes de meia noite. Quando as meninas já foram dormir e a casa está quieta, é hora de rezar e conversar
com minha casa. Sim, converso com minha casa. Melhor: agradeço por se abrir a mim e a minha pequena família. A casa que nos acolhe é o segundo útero que passamos. Nela nossa vida transcorre. E você pode acreditar: a casa absorve nossa energia, nossos pensamentos e nossos sofrimentos. Outro dia dei uma olhada séria em minha casa e percebi que andei distraída por algum tempo. Não percebi que ela está velha! Está envelhecendo comigo. Acredito que mesmo se for reformada vai continuar com jeito de velha. Nesses 35 anos que moro nela, todos os meus sentimentos foram absorvidos por essas paredes. Digo “minha casa”, mas sou consciente de que não tenho nada, nem meu corpo me pertence: ele é a casa da minha alma. Qualquer dia desses minha alma fecha a porta, entrega
a chave para o senhorio e vai-se embora procurando outro corpo-casa para reviver. E esse corpo velho, que me serviu de casa, vai pra cremação. Gosto de fantasiar que a casa é minha, que a filha é minha, que a neta é minha e que não haverá adeus! Cara leitora, é madrugada. Prefiro descansar. Quer dizer, ainda não. A filha não chegou, e não durmo antes que todos estejam protegidos dentro da
minha casa. Amém.
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