Vini Jr. se emociona com Cristo Redentor apagado e agradece carinho: “Não vou desistir”

Vinicius Júnior foi às redes sociais para se pronunciar sobre a corrente de apoio que recebeu após ser vítima de racismo na Espanha, no último domingo (21). Uma das ações mais impactantes foi o apagamento das luzes do Cristo Redentor em solidariedade ao jogador do Real Madrid – ao que ele afirmou ter ficado emocionado e garantiu que não irá desistir de lutar.

“Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma ação de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta”, começou dizendo em publicação no Twitter.

Ele continuou: “Agradeço demais toda a corrente de carinho e apoio que recebi nos últimos meses. Tanto no Brasil quanto mundo afora. Sei exatamente quem é quem. Contem comigo porque os bons são maioria e não vou desistir”.

O texto chegou ao fim com esperanças de um futuro melhor para os jovens negros. “Tenho um propósito na vida e, se eu tiver que sofrer mais e mais para que futuras gerações não passem por situações parecidas, estou pronto e preparado”, concluiu Vini.

Não demorou para que os comentários da publicação se enchesse de mais mensagens de apoio ao craque. “Sua luta é a nossa”, escreveu Péricles. “Estamos com você”, garantiu Gabi Martins. “Tamo junto!”, disse Claudia Leitte.

Confira a publicação completa de Vini Jr. sobre o Cristo Redentor:

O QUE ACONTECEU

Em partida do Real Madrid contra o Valencia, torcedores do time rival começaram a gritar ofensas racistas nos momentos em que Vini Jr. se aproximava da lateral. O jogo estava nos 15 minutos do segundo tempo e foi paralisado pelo árbitro devido ao gesto – o que durou cerca de 5 minutos.

Foi então que Vinicius começou a discutir com os torcedores rivais. Revoltado, o craque da Seleção Brasileira foi expulso da partida após sua reação contra os ataques. O jogo continuou e o Real Madrid perdeu de 1 a 0.

Nas redes sociais, o jogador protestou: “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas”.

“Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui", concluiu ele.