O artista tem 20 anos de carreira, com trabalhos reconhecidos na televisão, teatro e cinema - Instagram/@vandresilveira
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Vandré Silveira conta como foi viver como artista em tempos de isolamento

Depois do sucesso em Jesus e A Dona do Pedaço, Vandré se reinventou ao fazer lives durante a pandemia da covid-19

Karla Precioso Publicado em 26/03/2022, às 08h30

Ainda colhendo os frutos da projeção internacional de sua atuação em Jesus, da RecordTV, e participação especial em A Dona do Pedaço, na Globo, Vandré Silveira, aproveitou o confinamento durante a pandemia para produzir conteúdo nas redes sociais. As lives em seu perfil no Instagram repercutiram de maneira incrível. Arte, autoconhecimento e sexo foram uns dos temas abordados e com grande aceitação do público.

No fim do ano passado, ele deu vida ao caminhoneiro Eurípedes, na série Amor dos Outros, no Now, e, em 2022, ganhou o seu primeiro protagonista, na série Jenipapo – A Fronteira da Independência, a ser exibida no streaming. São 20 anos de carreira, com trabalhos reconhecidos na TV, teatro e cinema. E vem mais por aí!

Que recordações traz de sua atuação como Lázaro, em Jesus?

Foi meu primeiro grande personagem na TV. Uma produção que abordou a trajetória de Jesus e seus ensinamentos com a prática do amor e da empatia por aqueles que mais necessitavam. Independentemente de religião, a novela trouxe uma importante mensagem de fé e de amor.

Dá pra notar diferença do Vandré de hoje para o da época da novela?

Já se passaram três anos. Tivemos uma pandemia neste período. E ainda estamos passando por ela. Amadureci bastante. Tenho aprendido a lidar com a ansiedade e a entender que tudo tem seu tempo. Ter fé na vida é fundamental. E a fé se alicerça nos momentos de dificuldade.

Depois de Jesus, você fez A Dona do Pedaço. Quais as diferenças entre um trabalho de época e um contemporâneo?

São linguagens distintas. Gosto muito e fazer trabalhos de época. Tenho uma alma antiga [risos]. Mas cada trabalho tem suas especificidades e desafios.

Fazer lives na pandemia foi uma forma de não deixar o artista 'adormecido’?

Foi uma maneira de criar conteúdo e estabelecer troca com meu público. A Live de Quinta abordava assuntos diversos como ioga, arte, cultura, autoconhecimento. A live Embalos Imberbes de Quarta à Noite começou de forma despretensiosa e o público adorou a espontaneidade e informalidade em tratar de assuntos cotidianos. Na sexta, fazia a live Sexta Sexy sobre sexo.

Sobre a Sexta Sexy, o que o motivou a escolher esse tema?

Era a live de maior sucesso. Falar sobre sexo mobiliza bastante as pessoas, mas algumas questões ainda são tabus. O objetivo era trazer informação sobre sexualidade e afeto de uma maneira leve, com respaldo de profissionais como terapeutas, psicólogos e sexólogos. Uma das lives mais incríveis foi com a Regina Navarro Lins. Falamos sobre a construção do amor romântico, seus desdobramentos e os muitos arranjos afetivos.

Você revelou que viver o protagonista Simplício, na série Jenipapo — A Fronteira da Independência, é seu trabalho mais maduro. Por quê?

Ele foi uma figura importantíssima na adesão do Piauí no processo de independência do Brasil. Escravocrata, foi também bastante conhecido pelo seu lado cruel. Busquei humanizar essa figura, e esse é o grande desafio. Digo que foi meu personagem mais maduro porque também tive escolhas mais objetivas na composição desse personagem tão complexo e rico, que só a maturidade possibilita.

Em Amor dos Outros, viverá o caminhoneiro Eurípedes, um homem bom, porém bronco. Como é viver um papel assim em tempo de luta contra o machismo?

Importantíssimo mostrar o quão o machismo está entranhado socialmente. Eurípedes é apaixonado pela esposa, mas não permite que ela trabalhe e o ajude financeiramente. A série aborda questões sérias de uma forma leve. Fomos educados como sociedade sob essa perspectiva machista. É fundamental reconhecer o machismo e combatê-lo. A arte funciona como um espelho da sociedade e nos possibilita refletir e mudar comportamentos.

Você é vaidoso?

Sim, mas fico sempre atento. Acho que há um autocuidado saudável. Quando ficamos focados demais no “eu”, perdemos a capacidade de olhar para o outro.

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