Você sabia? O cérebro humano possui mecanismos que facilitam a experiência religiosa e a percepção do divino; 'Deus existe no cérebro', diz pesquisador
Lígia Menezes, editora de AnaMaria Digital Publicado em 06/11/2024, às 14h15
Para muitas pessoas, a fé e a ciência parecem ocupar campos opostos, mas pesquisadores como o neuropsicólogo Fabiano de Abreu acreditam que essas áreas podem se conectar mais do que imaginamos, segundo informações de O Globo.
Em entrevista, ele declarou que o cérebro humano possui mecanismos que facilitam a experiência religiosa e a percepção do “divino”. Áreas cerebrais associadas à espiritualidade podem ser ativadas e gerar experiências subjetivas, como paz ou conexão espiritual.
Esses estudos sugerem que a experiência de Deus pode ser interpretada como uma realidade neuropsicológica, em que a ciência explora o espaço onde a espiritualidade floresce.
Para Abreu, a espiritualidade não deve ser descartada pela ciência, pois está profundamente enraizada nas estruturas do cérebro.
Ele argumenta que as experiências religiosas não são “opostas” ao conhecimento científico, mas sim expressões da nossa mente. Dessa forma, a união entre espiritualidade e ciência não só é possível, mas pode enriquecer nossa compreensão de quem somos e como nos relacionamos com o universo.
Essa perspectiva de estudo abre portas para explorar como as crenças podem influenciar a saúde mental, trazendo uma nova visão sobre o papel da espiritualidade na ciência.
Em entrevista, ele declarou que "Deus existe. Tenho confiança de que Deus existe no cérebro" e que a afirmação “não acredito em Deus” também é uma crença, já que “mesmo aqueles que crescem em ambientes ateus podem ser influenciados por suas experiências e buscar um sistema de crença, que muitas vezes oferece conforto e reduz a ansiedade. A presença da ideia de Deus está presente em todos, inclusive em ateus”.
Sobre acontecimentos sobrenaturais, ele declara que a ciência, embora seja bastante avançada, ainda não sabe todas as respostas. Muitos pesquisadores mantém a fé ao lado dos conhecimentos científicos. “Há muitas perguntas sobre a vida e o que acontece após a morte que ainda não têm respostas, o que deixa espaço para a fé”, diz.
O pesquisador diz ainda que muitos cientistas evitam estudar espiritualidade devido ao preconceito existente acerca do tema, mas que ela pode ser benéfica para a saúde, sim. “O fenômeno do placebo ilustra o poder da crença em melhorar a saúde, ativando mecanismos cerebrais que ajudam a regular o estresse”, conta.
E você: acha que ciência e religião podem caminhar juntas?
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