Consórcio é uma alternativa ao financiamento, mas será que vale a pena? - Imagem │Freepik
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Consórcio é um bom investimento? O que saber antes de fechar negócio

Seja como forma de investimento ou para aumentar o patrimônio, o consórcio é uma alternativa ao financiamento — mas será que vale a pena? Confira!

Jéssica Batista Publicado em 15/07/2024, às 19h00

A conquista de um bem exige organização e determinação de quem almeja alcançar um objetivo a longo prazo, como a aquisição de um imóvel, um carro ou até mesmo a festa de casamento dos sonhos. O consórcio é uma alternativa ao financiamento e garante flexibilidade e planejamento para adquirir bens de alto valor. Mas será que aderir ao consórcio vale a pena

O consórcio se trata de uma modalidade de compra baseada na união de pessoas — físicas ou jurídicas — em grupos, para formar poupança para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços. A formação desses grupos é feita por uma administradora de consórcios, que é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. 

Nesse sistema, o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo predeterminado e todos os integrantes do grupo contribuem ao longo desse período. Mensalmente (ou conforme estipulado em contrato), a administradora contempla os contratantes, por sorteio ou lance, com o crédito no valor do bem ou do serviço contratado, até que todos sejam atendidos. Além disso, não é preciso ter um valor em mãos para contratar o consórcio, pois 100% do valor do bem é parcelado.

Consórcio é um bom investimento? 

Em comparação com outras formas de financiamento, esta pode ser uma maneira mais simples de comprar bens de alto valor monetário. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), a modalidade representa uma participação de 5,3% no PIB brasileiro. 

“O consórcio acaba servindo como uma maneira de você guardar dinheiro. Como a modalidade de compra não tem juros, apenas a taxa de administração, pode ser interessante essa forma de poupar para comprar algo no futuro, seja uma casa, um carro ou serviço”, diz Marcello Marin, contador, administrador, mestre em governança corporativa e especialista em recuperação judicial em entrevista à AnaMaria.

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Marcello explica que o consórcio é uma boa forma de investimento: “Isso porque você tem um boleto e o compromisso de pagar o consórcio mensalmente. Dessa maneira, principalmente para a população brasileira, acaba funcionando melhor em comparação com simplesmente guardar o montante. Com o dinheiro em mãos, você sempre terá algo precisando daquele dinheiro no momento, comprometendo o objetivo da poupança. Então é um método interessante de fazer uma aplicação”. 

Como funciona a contemplação do consórcio?

A contemplação dos contratantes pode ocorrer de duas formas: por sorteio ou lance. No sorteio, os clientes que estão com as parcelas do consórcio em dia concorrem para receber o valor contratado antes do final do prazo. Já o lance é a antecipação das parcelas.  O participante interessado faz uma oferta e, caso seja um lance vencedor, ele efetua o pagamento e recebe o crédito, sendo a quantia descontada das parcelas que ainda pagaria.

Antes de bater o martelo: 

O principal ponto que deve ser analisado na hora de fechar o negócio é a taxa de administração. Existem diversas porcentagens de taxas administrativas no mercado, que variam de acordo com a administradora do consórcio. É indispensável verificar o histórico de lances da empresa antes de pegar a carta de crédito. 

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“É preciso entender mais ou menos qual é o histórico dos lances que existem nessa empresa de consórcios. Outro ponto bem importante é verificar quantos sorteios são feitos no mês. Alguns consórcios fazem um único sorteio mensal, outros 2, 3 ou 4 sorteios, então é bom analisar isso também”, salienta o contador. 

O principal risco ao contratar um consórcio é a própria instituição não ser uma empresa idônea ou ter problemas relacionados ao caixa. “Sempre temos que analisar esses detalhes, porque da mesma maneira que uma aplicação bancária, se a instituição tiver problemas futuramente, você pode ser prejudicado e não receber os seus valores. Então sempre devemos examinar se a instituição é séria, para que você consiga investir seu dinheiro com segurança”, alerta Marcello. 

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