A nomofobia, popularmente chamada de vício em celular, descreve o medo ou desconforto intenso de ficar sem acesso ao smartphone. Esse comportamento tem crescido com o uso constante das redes sociais.
Embora muitas pessoas tratem o hábito como algo normal, a condição pode afetar o bem-estar, o sono e até a produtividade.
O que é nomofobia e por que o vício em tecnologia preocupa?
Nomofobia é o termo usado para definir a dependência excessiva do celular e a ansiedade causada ao imaginar ficar sem o aparelho. Ela envolve checagem compulsiva de notificações, medo de “perder algo importante” e dificuldade de desconectar.
A sensação de desconforto aparece em situações simples, como quando o celular descarrega ou fica fora do alcance. Estudos apontam que o hábito cria padrões semelhantes aos de outras dependências, acionando recompensas imediatas no cérebro. Mas é bom lembrar que o problema não é a tecnologia em si, mas a relação disfuncional criada com ela, segundo especialistas.

Como detectar nomofobia e quais são suas causas?
Sinais de nomofobia começam a aparecer no dia a dia, mas muitas pessoas não percebem que já desenvolveram dependência. Identificar o padrão é o primeiro passo para intervir.
- Ansiedade ao ficar sem o celular, mesmo por poucos minutos.
- Dificuldade de concentração porque precisa checar o aparelho repetidamente.
- Uso do celular como válvula de escape para tédio, solidão ou estresse.
- Insônia causada pelo hábito de continuar nas redes sociais até tarde.
A causa mais comum está na busca constante por estímulos rápidos, como curtidas, mensagens e atualizações. Além disso, o design dos aplicativos reforça o comportamento repetitivo.
No vídeo abaixo, do canal psiquiatra Daniel Martins de Barros, com mais de 150 mil inscritos, o profissional dá mais detalhes sobre essa dependência digital.
Quais hábitos ajudam a superar a dependência do celular?
Reduzir a nomofobia exige pequenos ajustes na rotina, que tornam a relação com a tecnologia mais equilibrada. Mudanças simples fazem grande diferença no controle do impulso.
- Estabeleça períodos do dia sem celular, como durante refeições ou antes de dormir.
- Desative notificações não essenciais para diminuir interrupções.
- Troque o uso automático do celular por outras atividades, como leitura ou exercícios.
- Deixe o aparelho fisicamente distante em momentos de foco.
Em casos de ansiedade intensa, é indicado buscar orientação psicológica, já que a dependência pode estar associada a questões emocionais mais profundas.








