A Meta, uma das gigantes da tecnologia com mais de três bilhões de usuários, voltou a ser centro das atenções após o co-fundador do Facebook Mark Zuckerberg anunciar o encerramento dos seus programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Essa decisão acompanha movimentos similares de empresas como Microsoft, Walmart e McDonald’s, levantando questionamentos sobre o futuro da inclusão no ambiente corporativo.
O impacto das mudanças na Meta
Sob a liderança de Mark Zuckerberg, a Meta também interrompeu programas de contratação e treinamentos focados em diversidade. Embora as razões exatas para essas decisões não tenham sido divulgadas, muitos especialistas apontam para a crescente polarização política nos Estados Unidos. Esse cenário parece estar influenciando empresas como a Meta, que busca alinhar suas estratégias às demandas do mercado e às pressões externas.
Além disso, a decisão de substituir programas de checagem de fatos por iniciativas como as Community Notes gerou forte repercussão. Muitos enxergam essa mudança como um retrocesso em tempos de aumento da desinformação online.
Alinhamento político conservador de Mark Zuckerberg
As ações de Mark Zuckerberg nos últimos tempos também têm chamado atenção pela aparente aproximação com ideais conservadores. Entre as atitudes mais comentadas estão:
- A nomeação de Joel Kaplan, ex-assessor republicano, como diretor de assuntos globais da empresa;
- A doação de US$ 1 milhão para a posse de Donald Trump;
- A inclusão de Dana White, presidente do UFC e aliado de Trump, no conselho da Meta.
Essas movimentações reforçam especulações sobre a intenção da empresa de alinhar-se a lideranças políticas influentes, especialmente com a ascensão do movimento MAGA (Make America Great Again).
Reações à falta de checagem de fatos
Enquanto isso, internautas expressaram descontentamento com o fim da checagem de fatos na plataforma. De acordo com o Google Trends, buscas por termos como “excluir o Facebook” e “alternativa ao Facebook” dispararam. Por isso, redes concorrentes, como o Bluesky, também ganharam visibilidade diante desse cenário.
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No Brasil, a decisão de encerrar o programa de checagem de fatos recebeu críticas públicas. O presidente Lula afirmou que “um cidadão não pode achar que tem o poder de ferir a soberania de uma nação”. O ministro Alexandre de Moraes endossou a posição do presidente, reforçando a importância de medidas que combatam a desinformação.
As declarações de Zuckerberg sobre pressões governamentais
Durante uma entrevista ao podcast Joe Rogan Experience, Mark Zuckerberg revelou que, durante a pandemia, o governo Biden pressionou a Meta a controlar conteúdos sobre os potenciais efeitos colaterais das vacinas. O CEO descreveu os últimos eventos como uma “chill week”, embora o contexto mostre que as mudanças estão longe de serem bem recebidas pelo público.
Mesmo diante de polêmicas, a Meta segue ocupando um papel central no debate sobre desinformação, diversidade e influência política global. Resta observar como essas decisões impactarão a reputação da empresa e de seu líder no longo prazo.
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