O Dispositivo Intrauterino (DIU) é uma opção de contracepção, ou seja, é um método contraceptivo de longa duração e reversível. Considerado um dos métodos mais eficazes, apresenta uma taxa de sucesso superior a 99%. Existem duas variedades: o hormonal e o de cobre. Saiba o que é o DIU, os tipos, benefícios e cuidados com o método!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o dispositivo um dos contraceptivos reversíveis — aqueles que não afetam a fertilidade — , um dos métodos mais seguro e eficaz da atualidade.
Além de prevenir a gravidez, o DIU hormonal também pode ser recomendado para tratar endometriose, controlar sangramentos menstruais excessivos e proteger contra o crescimento excessivo do revestimento interno do útero.
O que é o DIU?
O DIU tem forma de T ou Y, feito de plástico flexível, que é inserido no útero para prevenir a gravidez. Ele é uma opção de longa duração, perfeita para mulheres que não desejam engravidar por mais de seis meses, não podem ou não querem usar estrogênio, ou que nunca tiveram filhos.
O DIU de cobre libera íons que dificultam a fertilização, e o DIU hormonal libera progesterona em doses baixas. É sempre importante consultar um profissional de saúde para obter informações de qualidade e escolher o método que melhor se adapta às suas necessidades.
Tipos de DIU
Os DIUs disponíveis são o DIU de Cobre (TCu-38) e o DIU de Cobre com Prata. A escolha do dispositivo deve ser feita em conjunto com um profissional de saúde, considerando as particularidades de cada mulher. Na rede pública de saúde, o DIU de cobre é a opção mais comum, com validade de 10 anos e a possibilidade de ser retirado a qualquer momento.
O DIU não hormonal age provocando uma reação inflamatória que funciona como espermicida, alterando a mobilidade dos espermatozoides e comprometendo a nidação e, consequentemente, a gestação. Ele é mais indicado para mulheres com ciclos menstruais regulares e que não apresentem cólicas intensas, pois pode aumentar o fluxo menstrual e causar desconfortos nos primeiros meses.
Já os DIUs hormonais, que contêm levonorgestrel, podem reduzir o fluxo menstrual e até causar a amenorreia em até 60% das usuárias, proporcionando alívio para aquelas que sofrem com cólicas intensas. Este tipo de DIU tem validade de 5 anos e não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando pode colocar o DIU?
Para inserir o DIU, o profissional de saúde deve garantir que a mulher não está grávida e que não apresenta sintomas de gravidez. A inserção pode ocorrer durante a menstruação ou até 7 dias após o início do ciclo, desde que não tenha havido relações sexuais desde a última menstruação normal.
Mulheres virgens também podem optar pelo DIU, sendo que a decisão deve ser baseada na avaliação do ginecologista, levando em consideração o desejo da paciente e seu histórico de saúde. Alguns ginecologistas podem hesitar em recomendar o método para mulheres virgens, pois a inserção é mais invasiva e pode romper o hímen, algo que geralmente acontece durante o primeiro ato sexual.
Se você deseja colocar o DIU pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pode seguir esses passos: encontre uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou hospital público que ofereça atendimento ginecológico, participe de um grupo de planejamento familiar, marque uma consulta com um ginecologista e leve os exames preventivos necessários.
É importante ter em mãos documentos como RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. A idade mínima para a inserção do DIU é de 16 anos, e menores de 18 anos devem estar acompanhadas de um responsável.
Indicações e contraindicações
O DIU é indicado para mulheres em idade reprodutiva que desejam um método contraceptivo de longa duração, e pode ser utilizado como método de emergência. Também é útil para o controle de sangramentos uterinos e dismenorreia, especialmente com o DIU hormonal.
No entanto, existem contraindicações para o uso, como quem apresenta distorções na cavidade uterina, doenças inflamatórias pélvicas ativas, suspeita ou confirmação de gravidez, alergia ao cobre e sangramentos uterinos anormais sem causa definida.
Vale ressaltar que caso ocorra uma infecção por transmissão sexual, há maior probabilidade dela evoluir para uma doença mais grave, a doença inflamatória pélvica. Por isso, ao adotar o DIU como método contraceptivo é importante manter visitas regulares ao ginecologista tanto para verificar a posição do mecanismo quanto para exames para testar a presença de doenças sexualmente transmissíveis.
O DIU é uma opção eficaz e segura, mas é fundamental estar bem informada e contar com o apoio de um profissional de saúde para garantir o melhor cuidado com visitas periódicas ao médica para verificar que o mecanismo está bem posicionado e, consequentemente, funcionando bem.
Leia também:
DIU arranca pedaço de pênis durante relação sexual: entenda os motivos
Vacina de HPV: como funciona, benefícios, quem deve tomar e quanto custa