Lucilene Caetano, ex-jornalista da Band, enfrenta um momento desafiador em sua gravidez ao ser internada na UTI da maternidade São Luís Star devido a uma grave infecção por influenza B.
Grávida pela quarta vez, ela compartilhou seu temor diante da situação, pedindo orações e apoio. A experiência de Lucilene ressalta a fragilidade que muitas gestantes podem enfrentar quando complicações de saúde surgem, revisitando a importância de cuidados médicos adequados e o suporte emocional durante a gestação.
Imunidade do corpo durante a gestação
A imunidade do corpo durante a gestação passa por diversas alterações que visam proteger tanto a mãe quanto o bebê. Durante esse período, o sistema imunológico da mulher se adapta para permitir que o feto, que possui material genético parcialmente “estranho”, se desenvolva sem ser rejeitado. Essa modulação imune envolve um equilíbrio delicado entre a proteção contra infecções e a tolerância ao feto, o que é crucial para uma gestação saudável.
As alterações imunológicas são complexas e envolvem tanto a imunidade inata quanto a adaptativa. O sistema imunológico inato, que proporciona uma resposta rápida a patógenos, tende a ser intensificado, enquanto a imunidade adaptativa, que é mais específica e demorada, pode ser um pouco suprimida. Esse fenômeno pode tornar as gestantes mais suscetíveis a algumas infecções, como gripe e pneumonia, tornando os cuidados médicos ainda mais importantes durante a gestação.
Os hormônios e as citoquinas também desempenham um papel significativo nas mudanças imunológicas. O aumento de hormônios como estrogênio e progesterona influencia a produção de citoquinas, que são proteínas essenciais na regulação das respostas imunológicas. Essa interação é crucial para garantir que o sistema imunológico da mãe não ataque o feto. Além disso, a placenta atua como uma barreira protetora, regulando a passagem de anticorpos da mãe para o bebê, oferecendo uma proteção inicial contra doenças após o nascimento.
Embora a adaptação do sistema imunológico seja essencial, ela pode aumentar a vulnerabilidade a infecções. Por isso, é fundamental que as gestantes recebam cuidados médicos adequados, incluindo vacinas, como a da gripe e a da Covid-19, que ajudam a fortalecer a proteção. A conscientização sobre a saúde imunológica durante a gestação é vital para a prevenção de complicações e para garantir uma experiência gestacional mais segura.
Pneumonia na gestação
A pneumonia durante a gestação é uma condição de saúde que pode trazer sérias complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Essa infecção pulmonar, que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, afeta a capacidade respiratória da gestante e, em muitos casos, requer atenção médica imediata.
A pneumonia pode surgir de infecções respiratórias comuns, como gripe ou resfriado, e as gestantes são particularmente vulneráveis devido a alterações imunológicas que ocorrem durante a gravidez. Os sintomas típicos incluem tosse, febre, dificuldade para respirar, dor no peito e fadiga.
É importante que as gestantes reconheçam esses sinais e procurem atendimento médico, pois a pneumonia pode evoluir rapidamente e causar complicações graves.
Para a mãe, a infecção pode levar a uma maior necessidade de hospitalização, e em casos severos, a intubação ou ventilação mecânica. Para o bebê, as consequências podem incluir prematuridade, baixo peso ao nascer e, em casos extremos, risco de morte fetal. O estado de saúde da mãe está diretamente ligado ao bem-estar do feto, tornando essencial o monitoramento constante durante a gestação.
A prevenção da pneumonia durante a gravidez envolve medidas que ajudam a reduzir o risco de infecções respiratórias. A vacinação contra a gripe e a Covid-19 é altamente recomendada, assim como práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar contato próximo com pessoas doentes. O acompanhamento médico regular e a comunicação aberta com profissionais de saúde são fundamentais para monitorar qualquer sintoma e garantir a saúde da mãe e do bebê.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e tratamento da pneumonia durante a gestação são essenciais para proteger a saúde da mãe e do bebê. O processo diagnóstico começa com uma avaliação clínica que considera sintomas como tosse, febre e dificuldade respiratória. Exames complementares, como radiografias e testes laboratoriais, ajudam a confirmar a infecção e a identificar o agente causador.
O tratamento varia conforme a gravidade da pneumonia e o tipo de patógeno envolvido. Para infecções bacterianas, antibióticos seguros para gestantes são prescritos. Em casos de pneumonia viral, antivirais podem ser utilizados, além de medidas para controle dos sintomas, como febre e dor.
Cuidados de suporte são fundamentais, especialmente em infecções severas. A oxigenoterapia pode ser necessária para manter níveis adequados de oxigênio, e a hidratação intravenosa é indicada se a paciente estiver desidratada. Pacientes com pneumonia grave podem necessitar de internação hospitalar para monitoramento constante e cuidados intensivos.
Após o início do tratamento, o monitoramento contínuo é crucial. Médicos realizam reavaliações regulares para ajustar as intervenções conforme necessário, garantindo a saúde da mãe e do bebê. Uma abordagem multidisciplinar e a comunicação aberta entre a gestante e os profissionais de saúde são fundamentais para o manejo eficaz da pneumonia durante a gestação.
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